BRASÍLIA – A situação entre Venezuela e a Guiana, na região de Essequibo, acendeu o sinal de alerta no governo brasileiro, que vê a possibilidade de guerra entre os dois países cada vez mais concreta. Para evitar que um conflito ocorra na região, o presidente Lula (PT) perguntou ao Itamaraty sobre um possível encontro, mediado pelo Brasil, entre o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o guianês Irfaan Ali.
Como não há conflito declarado ou em andamento, a resposta é que essa opção não está entre as opções disponíveis no momento.
Nos últimos dias, Lula esteve em visita ao Oriente Médio e, conversou com jornalistas antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes, a caminho de Berlim, na Alemanha, onde tem compromissos da agenda bilateral.
Para o presidente, o que a América do Sul “não está precisando agora é de confusão”. “Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga, não ficar inventando história. Então, espero que o bom sendo prevaleça do lado da Venezuela e da Guiana”, disse Lula.
“A humanidade deveria ter medo de guerra porque só faz guerra quando falta o bom senso, quando o poder da palavra se exauriu por fragilidade dos conversadores. Vale mais a pena uma conversa do que uma guerra”, acrescentou.