Manaus (AM)– Alvo de uma operação feita pela Polícia Federal no início da manhã desta quarta-feira (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou que não tomou a vacina contra a Covid-19, além de ter negado que houve adulteração no registro na carteira de vacinação.
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Bolsonaro deu a declaração a jornalistas na saída da residência dele, que fica no Jardim Botânico, em Brasília, a mesma que foi alvo de busca e apreensão da PF.
“Eu não tomei a vacina e foi uma decisão minha depois de ler a bula da Pfizer”, afirmou Bolsonaro.
Ele enfatizou que Michelle Bolsonaro tomou o imunizante nos Estados Unidos, local onde a família ficou por quase três meses, após deixar o Brasil assim que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-presidente ainda disse que a filha Laura também não se imunizou contra a Covid-19 pelos mesmos motivos dele, a bula da vacina.
Bolsonaro foi questionado sobre a possível adulteração na carteira de vacinação, documento que chegou a ser obrigatório para entrar em alguns países, como nos EUA. Ele afirmou que nunca foi pedido o cartão de vacinação em nenhum lugar, e negou qualquer adulteração.
“Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei vacinação e ponto final”, afirmou.
Em relação a busca e apreensão que foi feita em sua residência, Bolsonaro alegou que ficou surpreso e que o objetivo da operação foi para pegar o cartão de vacina dele e que os policiais fotografaram o cartão de vacina de Michelle.
“Fico surpreso com a busca e apreensão. Todo o mundo é igual, é cidadão, mas fazer uma busca e apreensão na casa de um ex-presidente para criar um fato […] hoje em dia, tudo é possível no Brasil, disse.
Após as falas, Bolsonaro entrou em seu carro e seguiu para a sede do seu partido, o Partido Liberal (PL).
Operação
A Operação Venire, tem por objetivo que investigar fraude em dados do Ministério da Saúde para forjar cartões de vacinação contra a covid-19.
Só pela manhã a PF cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, em Brasília e no Rio de Janeiro.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, e dois homens que atuaram na segurança do ex-presidente, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, foram presos.