O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (10), durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), que sempre atuou dentro dos limites constitucionais, mesmo admitindo que, por vezes, se exaltou em suas falas.
“Não me viram desrespeitar uma só ordem, não me viram em nenhum momento agir contra a constituição. Eu joguei dentro das quatro linhas o tempo todo. Muitas vezes eu me revoltava, falava palavrão, falava o que não devia falar, sei disso. Mas no meu entender fiz aquilo que tinha que ser feito”, afirmou Bolsonaro.
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A declaração aconteceu durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
No momento em que realizou a declaração, o ex-presidente segurou um exemplar da Constituição Federal e o exibiu durante sua fala.
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Bolsonaro cita Flávio Dino e diz que crítica às urnas não era “algo privativo”
O ex-presidente recuperou suspeitas levantadas pelo hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino em relação às urnas eletrônicas para dizer que críticas ao sistema eleitoral não seriam algo “privativo” de sua pessoa.
“A questão da desconfiança, suspeição e críticas às urnas não é algo privativo meu. Poderia citar vários nomes”, afirmou Bolsonaro.
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O ex-presidente relembrou suspeitas levantadas por Dino na época em que atuava como político, concorrendo em eleições no Maranhão, no início da década de 2010.
Postagens em redes sociais naquela época mostram o hoje ministro do STF falando que as urnas seriam “extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes”.
Pedido de desculpas
O Bolsonaro pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por acusações contra o magistrado “Me desculpe, não tinha essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta”, disse o ex-presidente.