Candidato à presidência da Câmara, Antonio Brito (PSD-BA) aposta nos deputados federais independentes e insatisfeitos, além dos partidos que ainda não declararam apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB), para seguir na disputa pelo comando da Casa.
Até o momento, Motta é o franco favorito, com oito partidos ao seu lado – entre eles, as duas maiores bancadas – o que somaria mais de 320 votos. Também tem junto a si o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O número é mais da metade da Casa e mais do que o suficiente para se eleger ao posto.
No entanto, como a votação é secreta, traições podem acontecer. Há deputados dentro do PL que estão insatisfeitos com a decisão do partido de apoiar Motta e podem acabar se voltando a Brito como uma alternativa, segundo avaliações de bastidores na Câmara.
Já no PT, interlocutores de Brito acreditam haver deputados que também tenderiam a apoiá-lo por ter sido alinhado ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquanto líder da bancada do PSD.
Há ainda os deputados independentes e os de partidos que não anunciaram apoio a ninguém.
Nos bastidores, Brito diz que sua candidatura foi construída com o suporte de PSB, PDT, PSDB, Avante, Solidariedade e PRD, por exemplo. Nenhum deles formalizou qualquer apoio até o momento.
Ao todo, na ponta do lápis, a estimativa no entorno de Brito seria ter quase 170 deputados que poderiam votar nele.
Aliados de Hugo Motta, porém, estão em plena negociação com outros partidos. O apoio formal do PDT e do PSB é esperado para esta semana.
Elmar Nascimento (União Brasil-BA) é o outro candidato posto na disputa. Brito tinha reunião com ele e os presidentes de seus respectivos partidos marcada neste sábado (2), em São Paulo, para discutir quais rumos seguir.
Na terça-feira (5) à tarde, está prevista uma reunião da bancada do PSD na Câmara dos Deputados.