BRASÍLIA – A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, destacou, na abertura da sessão desta quinta-feira (12), a importância da reflexão sobre os valores que a democracia traz para a vida de cada cidadã e de cada cidadão, para o país e para o mundo. A magistrada assinalou a democracia como uma maneira de viver, uma escolha sobre a convivência livre das pessoas, com respeito, integridade e autonomia. A ministra fez o registro ao lembrar que o Dia Internacional da Democracia será celebrado no próximo domingo (15).
“Esta é uma data que deveria ser uma anotação para o dia a dia. Não é apenas uma data para se pensar democracia, mas é uma data que convoca todos os democratas do planeta, do mundo, a pensarem sobre o que é democracia na sua vida. Não há condições de a pessoa se dizer livre, em espaços não democráticos, para exercer a sua autonomia, o seu talento, o seu direito de viver”, disse a ministra Cármen Lúcia.
Tribunal da Democracia
A presidente do TSE recordou que o TSE é chamado de Tribunal da Democracia do Brasil, pois tem o compromisso de atuar para toda brasileira e todo brasileiro “que, na sua condição cívica e cidadã, encontra no Tribunal trabalhos voltados para que ela e ele possam exercer a sua escolha pela representação que quer nos espaços de poder”.
“Nossas conquistas civilizatórias foram no sentido rigorosamente de assegurar que os seres humanos possam, dignamente, livremente, viver e conviver. Este Tribunal trabalha exatamente para que este momento emblemático da democracia, que são as eleições, possa ser oferecido a todas as eleitoras e a todos os eleitores brasileiros”, destacou.
Convocação
Na oportunidade, a ministra Cármen Lúcia convocou todas as brasileiras e todos os brasileiros a participarem do processo eleitoral, que é o espaço democrático representativo do país. O convite foi feito, inclusive, para contingentes de eleitoras e eleitores que podem votar de maneira facultativa em outubro: os jovens de 16 e 17 anos e as pessoas com mais de 70 anos, uma vez que estes últimos indivíduos – ressaltou a ministra – guardam a experiência de terem vivido a não democracia em espaços ditatoriais, onde foram impedidos até mesmo de votar.
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“Nós precisamos preservar porque nós queremos viver bem, democraticamente e livremente, mas, principalmente, porque nós temos a responsabilidade de contar o que é a ausência de democracia, a ausência de liberdade, de reforjar um presente no qual a democracia, realmente, possa prosperar e não ser mais um questionamento permanente. Deixamos a mensagem, o recado para preservar a democracia, para que quem vier depois tenha uma vida melhor”, finalizou a ministra Cármen Lúcia.