O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), e o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), optam por manter apoio ao governo, mesmo diante de pressões e possíveis retaliações de seus partidos. Os dois fazem um cálculo político que prioriza a permanência nos cargos em detrimento da fidelidade partidária.
Segundo apuração, as sinalizações públicas são muito claras de que esses ministros estão com o presidente Lula.
Durante agenda no Maranhão, Fufuca declarou expressamente seu alinhamento com o presidente da República. De forma similar, Sabino demonstrou proximidade com o governo durante visita oficial ao Pará, seu estado natal, onde questões relacionadas à COP30 foram discutidas.
Esse cenário se torna ainda mais complexo devido às negociações para formação de uma federação entre o União Brasil e o PP, que ainda aguarda aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Essa seria uma das maiores forças políticas do Congresso Nacional, com bancadas expressivas tanto na Câmara quanto no Senado. “Essa força toda, porém, não está convencendo os ministros que é maior do que estar no mesmo palanque do presidente Lula”, pontua Isabel Mega.
Tensões internas
Há semanas, o União Brasil cogita a expulsão de Sabino caso ele insista em permanecer no cargo. A situação se agravou agora com as manifestações contundentes de lideranças do partido sinalizando essa ruptura.
As tensões internas no União Brasil se estendem além da questão ministerial. O governador Ronaldo Caiado, presidente do União Brasil em Goiás, demonstrou insatisfação com as ações de Ciro Nogueira, presidente da legenda, especialmente no que tange às articulações para 2026.