O nome de pelo menos cinco mulheres circula na bolsa de apostas para assumir a vaga de Jorge Messias na AGU (Advocacia-Geral da União), que deve ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ele também deve ser ouvido sobre a sucessão no posto do primeiro escalão do governo.
Diante do fato de Lula estar na iminência de novamente escolher um homem para o STF, aliados ponderam que crescem as chances de uma indicação feminina para a AGU.
As principais cotadas são todas do próprio órgão. Duas largam na frente: a procuradora da Fazenda Nacional (mesma carreira de Messias), Anelize Almeida, e a secretária-geral de Contencioso, Isadora Cartaxo, que tem bastante trânsito no Supremo por atuar diretamente na Corte.
Adriana Venturini, procuradora-geral Federal; Clarisse Carlixo, procuradora-geral da União; e Claudia Trindade, assessora especial de Diversidade; também são lembradas.
A expectativa é para que a definição da indicação ao STF ocorra antes da viagem de Lula à Ásia, nesta terça-feira (21).
Já a indicação para o comando da AGU pode levar mais tempo para ocorrer porque, ainda que Messias seja indicado para o Supremo, a vaga dele só será aberta após ter o nome sabatinado e aprovado pelo Senado, o que ainda não tem data para ocorrer.
Há também, por parte de aliados do presidente Lula, uma tentativa de minimizar mais uma indicação masculina ao STF lembrando as mulheres que foram indicadas a outros tribunais.
Na lista, estão Estela Aranha, Vera Lúcia Araújo e Edilene Lobo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sendo as duas últimas para vagas de substitutas; Verônica Abdalla Sterman, no STM (Superior Tribunal Militar); e Daniela Teixeira e Marluce Caldas no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
De todas essas, Daniela Teixeira também foi muito lembrada para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo.
Alguns conselheiros do presidente pontuam, no entanto, que escolher alguém do STJ poderia gerar discordâncias dentro da Corte.