O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse à imprensa que não assinará o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Faltam apenas três assinaturas que o pedido seja protocolado — o número mínimo é de 41 senadores. Para ser aprovado, porém, a proposta precisaria de 54 votos, o que, segundo Ciro, o Senado não tem.
“Sinceramente só entro em impeachment quando puder acontecer, como foi o caso da Dilma. O Congresso não tem 54 senadores para aprovar um impeachment”, disse.
A negativa ocorre diante de um movimento de pressão sobre senadores do Centrão para apoiar o pedido no Senado. Apesar disso, PP e União Brasil devem aderir à obstrução aos trabalhos legislativos.
Nesta quarta-feira (5), a imprensa antecipou que o assunto havia sido tratado em reunião entre Ciro, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A conversa já estava sendo articulada, antes, sob pressão do bolsonarismo para que os partidos desembarcassem do governo.
A pressão do PL é para uma saída, ainda neste mês. O assunto deverá ser tratado neste semestre, mas sem data definida.
Ainda ontem, Ciro Nogueira esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar. Foi a primeira visita autorizada por Moraes.
“Não vou dizer que ele não estava triste, mas é uma pessoa que acredita muito no nosso país. Em Deus. E eu espero que a gente possa superar o mais rapidamente possível essa situação”, registrou o senador em vídeo divulgados nas redes sociais.