O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que o futuro comandante do Ministério da Saúde tire do papel pelo menos uma vitrine política.
A principal crítica de Lula ao trabalho da ministra Nísia Trindade, segundo assessores do governo, é de que ela não desenvolveu uma marca de gestão.
Em conversas reservadas, o presidente tem citado, por exemplo, o trabalho do ministro da Educação, Camilo Santana, que, em dois anos, lançou os programas “Pé de Meia” e “Mais Professores”.
Padilha comandou a pasta sanitária no governo de Dilma Rousseff (PT) e implementou o programa “Mais Médicos”. Além disso, popularizou campanhas nacionais, como a vacinação contra a gripe.
Na avaliação de auxiliares do governo, Padilha assume o desafio de reverter o crescimento dos casos de dengue, com uma distribuição maior de vacinas contra a doença.
Em 2024, o país teve um crescimento no número de mortes da doença e, neste mês, São Paulo decretou estado de emergência devido ao aumento dos diagnósticos.
Padilha também precisará melhorar o diálogo com governadores de oposição. A reclamação é de que, com perfil técnico, Nísia não conseguiu abrir canais de comunicação com os gestores estaduais.
A expectativa é de que a troca ministerial seja feita nas próximas semanas.
Lula pediu a Padilha que não seja candidato nas eleições de 2026, para que seu trabalho não seja de somente um ano à frente da pasta.