A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) toma, na tarde desta segunda-feira (8), o depoimento do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi.
Lupi estava à frente da pasta quando o escândalo de descontos a aposentadorias e pensões veio à tona. Diante da repercussão do caso e pressões para que entregasse o cargo, o então ministro da Previdência Social pediu demissão em maio deste ano.
Ao chegar à oitiva, o presidente da comissão, Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que espera que Lupi “colabore e nos traga informações para dar sequência às investigações”.
“O que a gente quer é entender por que não foi feito nada até a operação da Polícia Federal”, disse o presidente da CPMI a jornalistas.
Lupi é o primeiro ex-chefe do Ministério da Previdência a ser ouvido pelo colegiado. Outros ex-ministros da Previdência e ex-presidente do INSS também devem ser ouvidos pelo colegiado, que já aprovou diversos requerimentos.
Instalado em 20 de agosto, o colegiado se concentrou em ouvir técnicos e envolvidos nas investigações. Já foram ouvidos representantes da PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e DPU (Defensoria Pública da União), além do advogado Eli Cohen.
A CPMI foi criada para investigar o esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. No total, as entidades responsáveis pelos descontos teriam cobrado valor estimado em R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024. O caso foi revelado em abril após operação da PF e da CGU.