MANAUS – O prefeito de Manaus David Almeida finalizou o novo pedido de empréstimo que mandará para a CMM na próxima terça-feira, dia 21, no valor de R$ 600 milhões. A derrota no dia 8 deste mês estremeceu a relação com vereadores, mas não fez o gestor desistir. Enquanto isso, o presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Caio André, questiona quem vai pagar a conta.
“Eu estou refazendo uma matéria, um outro projeto, uma nova matéria que vamos enviar. Na terça-feira (21) essa matéria estará pronta, nós vamos dar entrada no protocolo da Câmara Municipal para que os vereadores possam (analisar). Segundo os próprios vereadores o que faltou foi a destinação do recurso, então nós estamos esmiuçando tudo aquilo que nós queremos e nós vamos colocar nessa nova matéria, nessa nova proposta para apresentar para a Câmara Municipal. Esperamos ter a anuência do Poder Legislativo municipal para que nós possamos, então, acessar esse recurso e termos esse recurso para investir na nossa cidade”, disse David.
A declaração do prefeito foi dada na inauguração da passarela da avenida Ephigênio Salles, no Aleixo, zona Centro-Sul, em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM). ão que os serviços não chegam à ela por culpa dos vereadores..
AMEAÇA
“Se não aprovaram o empréstimo, eu vou estar na rua todo dia. Agora não vai ser eles. ‘Olha, queria asfaltar sua rua. Mas o vereador tal, a vereadora tal, disseram que você precisa ficar no barro e na lama’. É isso que eu vou fazer. Eu já tentei o diálogo. Vocês sabem o que eu tenho passado. Calado. Acabou. O tempo de ficar calado passou”, declarou.
Caio André postou nas redes sociais sua visão sobre o tema “Mais uma vez, para que não reste mais nenhuma dúvida, passo aqui para explicar as causas que nos levaram a não aprovar o pedido de liberação de um empréstimo de R$ 600 milhões, pleiteado pela atual gestão municipal”, deixando claro que não vai assinar o que o prefeito pede, de qualquer jeito.
“O projeto enviado aos vereadores não detalhou em quais obras, quais tecnologias e quais ações concretas seriam investidos esses seiscentos milhões. Ou seja, esse empréstimo, seria uma tela branco, sem sentido, na visão da maioria dos que votaram contra. Essa negativa foi, tão somente, pela busca da transparência na operação de crédito. Eu votei contra a liberação para busca desse empréstimo, pois penso que não justo com quem sofre tanto, na saúde, no transporte, na edução, no esporte e até no área social, bancar mais um empréstimo sem destino certo!”
E no fim, diz que o dinheiro público merece respeito. “Manaus não merece bancar um empréstimo desses, sem um justificativa convincente!”