O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) protocolou, na manhã desta segunda-feira (13), uma notícia-crime na Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar as visitas de Luciane Barbosa Farias, esposa do líder da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas, apontada por uma reportagem do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ como “Dama do tráfico”.
No documento, o pedido de investigação tem como base as denúncias divulgadas pelo jornal O Estadão.
“Diante do potencial impacto na segurança pública e na credibilidade do Ministério da Justiça, órgão encarregado, dentre outras coisas, da coordenação do Sistema Único de Segurança Pública e do combate ao tráfico de drogas e crimes conexos, inclusive por meio da recuperação de ativos que financiem essas atividades criminosas ou dela resultem, solicito encarecidamente uma investigação rigorosa sobre esses fatos”, declarou em um trecho do documento.
O deputado salienta a preocupação sobre as relações suspeitas que a facção Comando Vermelho e o Ministério da justiça podem ter e o impacto que isso pode gerar ao país:
“A parte mais grave dessas revelações é que não temos como saber o que realmente foi conversado entre a líder do CV amazonense e as quatro autoridades com quem ela encontrou. Além disso, o MJ não tinha como identificar a quem estava permitindo o acesso? Isso é muito sério, porque começamos a desconfiar do trabalho de inteligência no país”, criticou o deputado.
Repercussão nas redes sociais
O ex chefe da Secretária de Comunicação Social do governo de Bolsonaro, Fábio Wajngarten se pronunciou nas redes e aprovei para incluir o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), na história. Na publicação Fabio questionou o que teria sido discutido no que chamou de ‘encontro cabuloso’.
A assessoria do deputado em contrapartida, disse que Boulos foi abordado por duas mulheres no salão verde, área de livre circulação dentro do Congresso e que a dupla teria se identificado como representantes do Instituto Liberdade do Amazonas, e pediu para apresentar demandas relacionadas a defesa dos direitos humanos e denuncia sobre tortura de presos na região norte.
Confira a solicitação feita pelo deputado Amom Mandel:
O Ministério da Justiça alegou que ela Luciene Farias foi levada para reuniões sem conhecimento prévio da administração e sustentou desconhecer a relação de Luciane com a organização criminosa.
*Com informações de O Globo