Depois de eleger três governadores em 2022, o PSDB está em vias de perder o seu último chefe de Executivo estadual. O sul-mato-grossense Eduardo Riedel vai assinar nesta terça-feira (19), em Brasília, a filiação ao PP, partido que faz parte da base de apoio local e tem como uma das principais lideranças no estado a senadora Tereza Cristina.
O governador de Mato Grosso do Sul avisou nesta segunda-feira o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, sobre a mudança, já esperada dentro do ninho tucano. Antes de Riedel, a pernambucana Raquel Lyra e o gaúcho Eduardo Leite haviam deixado o PSDB, mas ambos escolheram migrar para o PSD.
Na decisão, pesou não só a proximidade política com a senadora, mas a estrutura do PP no estado, já com vias a uma reeleição de Riedel e projetos para um futuro segundo mandato.Play Video
Do mesmo grupo político, o ex-governador Reinaldo Azambuja também deve deixar o PSDB. As opções no caso dele, favorito a uma das vagas ao Senado em disputa no ano que vem, são o PL e o PSD.
O esvaziamento dos tucanos ocorre no momento em que o ex-ministro Ciro Gomes negocia sua filiação ao PSDB para disputar o governo do Ceará ou mesmo a Presidência em 2026.