O ministro Edson Fachin foi escolhido nesta quarta-feira (13) para ser o próximo presidente do STF (Supremo tribunal Federal). Alexandre de Moraes será o vice.
Ambos conduzirão a Corte no biênio 2025-2027. A posse será realizada em 29 de setembro.
O resultado da eleição foi divulgado no início da sessão plenária desta quarta. Ela é apenas uma formalidade, já que a vaga para a presidência segue uma ordem de rotatividade por antiguidade na Corte.
Fachin foi eleito com 10 votos, já que por costume cada candidato não vota em si mesmo. O ministro agradeceu a confiança dos colegas e disse que continuaria o trabalha feito pelo atual presidente, Luís Roberto Barroso.
“Agradeço a vossa excelência, aos pares pela confiança. Tenho honra de integrar essa Corte”, disse Fachin.
Além de ser o presidente do STF, o ministro assume o comando do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e passa a ser a representação da instância máxima do Poder Judiciário no país.
Fachin foi indicado ao STF pela então presidente Dilma Rousseff (PT) e tomou posse na Corte em junho de 2015.
O ministro pretende imprimir um estilo discreto ao STF durante o mandato. Em contraponto ao atual presidente Luís Roberto Barroso, Fachin é resistente a declarações públicas ou entrevistas à imprensa.
Com a troca na gestão, também voltou ao radar uma possível saída de Luís Roberto Barroso da Corte. Segundo apuração, o ministro está descontente com o que considera uma “crise de civilidade” em nível global.
A escalada da ofensiva dos Estados Unidos estaria contribuindo para o desânimo de Barroso. Ele é um dos ministros que teria o visto americano cancelado.
Apesar de declarar apoio inequívoco ao ministro Alexandre de Moraes, as sanções podem pesar para Barroso, que tem ligação direta com os EUA.
Além de ministrar aulas em Harvard Kennedy School e viajar com frequência ao país, o ministro também tem um filho que trabalha em Miami como diretor do banco BTG Pactual.