Brasília (DF) – Preso desde janeiro por suspeita de envolvimento com os atentados que ocorreram contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, Anderson Torres demonstrou interesse em firmar um acordo de delação, afirmam fontes da Polícia Federal (PF). A informação é do Correio Brasiliense.
De acordo com o veículo, a informação foi repassada por fontes da PF, que ainda alegam que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, cogita a possibilidade delatar outras pessoas que teriam responsabilidade na articulação de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atrasaram eleitores em estados do Nordeste, por temer ser condenado e passar anos preso.
No entanto, em resposta ao Correio Brasiliense, a defesa do ex-ministro da justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, nega que Torres esteja negociando qualquer acordo de delação.
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Investigação
Dos mais de 500 pontos de fiscalização da PRF durante o segundo turno das eleições, metade ocorreu em estados nordestinos, onde Lula teve mais votos e maior aceitação entre os eleitores.
Nos últimos dias, a PF identificou um documento de inteligência que mapeou onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos no primeiro turno das eleições. Também identificou uma viagem dele à Superintendência da PF na Bahia na véspera da votação de 30 de outubro.
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A Polícia Federal investiga se o ex-ministro da Justiça articulou as ações e também no possível envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro.