O governo brasileiro já se organiza para enviar, na próxima semana, uma comitiva a Washington, nos Estados Unidos, para conversar com representantes de Donald Trump sobre as tarifas impostas aos produtos brasileiros.
A data ainda será cravada, mas negociadores brasileiros esperam que a conversa ocorra o quanto antes, aproveitando o saldo positivo da conversa entre Trump e Lula, na Malásia, no domingo (26).
A ideia é enviar ministros ou representantes dos ministérios de Indústria e Comércio, Fazenda e Relações Exteriores para o país norte-americano.
Após conversar com Lula, Trump sinalizou que aceitará sentar na mesa de conversas, mas não garantiu a diminuição das tarifas sobre produtos brasileiros. Essa será, porém, a prioridade dos representantes brasileiros neste primeiro encontro.
Eles devem insistir na suspensão da tarifa mais elevada, de 50%, sobre parte dos produtos, até que se defina um novo índice para taxação. A mensagem foi reforçada por Lula no início da conversa com Trump.
Nesta segunda-feira (27), o chanceler brasileiro Mauro Vieira, o secretário-executivo do ministério da Indústria, Márcio Elias Rosa, e o assessor internacional da Presidência, Audo Faleiro, conduziram as conversas com os americanos, representados por Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante do Comércio. Marco Rubio, secretário de Estado americano, não estava presente.
Nós próximos dias, a comitiva norte-americana estará centrada no encontro de Trump com Xi Jinping, em Seul. Já no Brasil, a atenção estará voltada à COP30, em Belém, prevista para novembro.
Na Malásia, Lula disse estar convencido de que em poucos dias surgirá uma solução entre o Brasil e os EUA. “Estou muito otimista em relação à reunião. Não estou pedindo nada que não seja justo para o Brasil”, afirmou.

