O governo federal estabeleceu uma linha direta de comunicação com o Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta às recentes ameaças de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes por parte de autoridades dos Estados Unidos. A situação tem gerado preocupação crescente entre as instituições brasileiras.
O Ministério das Relações Exteriores mantém contato constante com o STF, especialmente com o ministro Luís Roberto Barroso, na tentativa de evitar uma possível crise diplomática. A estratégia atual é que qualquer reação oficial às ameaças deve partir do governo, e não do Supremo.
Monitoramento e cautela
Diplomatas e interlocutores do ministro Mauro Vieira estão mantendo o Supremo atualizado sobre as medidas em estudo para lidar com a situação. No entanto, há divergências entre diplomatas e membros do STF sobre a gravidade da situação, com alguns considerando prematuro tomar providências imediatas.
As ameaças em questão foram feitas pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que mencionou a possibilidade de aplicar sanções contra autoridades brasileiras, incluindo Alexandre de Moraes. Essa declaração é vista por alguns como um possível resultado das intenções de Eduardo Bolsonaro de permanecer nos Estados Unidos.
Embora o ministro Alexandre de Moraes tenha minimizado o impacto pessoal de eventuais sanções, afirmando não ter vínculos significativos com os Estados Unidos, o STF demonstra preocupação institucional. A Corte não deseja ver um de seus membros mais proeminentes enfrentando sanções de um país estrangeiro, especialmente considerando as relações cordiais entre Brasil e Estados Unidos.
O Supremo Tribunal Federal entende que o governo precisa estar atento e pronto para responder a qualquer indício de ação do governo americano que possa afetar as instituições brasileiras e a soberania nacional. A situação continua sendo monitorada de perto, com o diálogo entre o STF e o Itamaraty mantendo-se ativo para avaliar os próximos passos caso as ameaças de sanções se concretizem.