Promotores, procuradores e juízes eleitorais acreditam que a retomada do funcionamento do X no Brasil não deve ter impacto negativo significativo na disputa do segundo turno das eleições municipais e nem aumentar o volume de ações na Justiça.
A avaliação é a de que a rede social voltará a funcionar em meio a um período reduzido de campanha eleitoral, com um número muito menor de candidatos e sem que tenham sido registrados casos problemáticos relacionados ao uso das plataformas até domingo.
Três semanas separam o primeiro do segundo turno, que acontece no dia 27 de outubro. A quantidade de candidatos disputando o voto dos eleitores também é menor. Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, por exemplo, 18 cidades terão segundo turno para definir seus prefeitos.
Um procurador que atua perante um tribunal eleitoral afirma que o retorno do X vai adicionar um caldo à disputa, mas não vai caracterizar perturbação extraordinária. Essa percepção é compartilhada por outros colegas.
Operadores do direito afirmam que, diferentemente do que aconteceu nas eleições de 2018 e 2022, as redes sociais não representaram um problema para a Justiça Eleitoral até o primeiro turno como era esperado.
Um dos principais temores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) era o uso massivo da inteligência artificial para a disseminação de notícias falsas. A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, afirmou no domingo “não aconteceu o que era inicialmente previsto de ter um super uso de inteligência artificial”.
A preocupação com o uso criminoso da inteligência artificial deu lugar a casos de violência política e de infiltração de organizações criminosas em campanhas políticas e partidos.