Manaus (AM)– Um laudo divulgado, nesta quinta-feira (4), e elaborado pela Polícia Federal (PF) apontou indícios de prática de ‘rachadinha’ no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).
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De acordo com o documento, o chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes, recebeu mais de R$ 2 milhões de dinheiro vindo de contas de outros funcionários do parlamentar. Essa seria a prova mais consistente da prática de rachadinha no gabinete do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O levantamento divulgado pelo jornal O Globo, foi feito pela equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), e mostrou também que Jorge Luiz usou suas contas pessoais para pagar contas de Carlos Bolsonaro.
Vale lembrar que essa mesma prática era feita por Fabrício Queiroz no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL).
Agora, o MP vai investigar até onde vai o envolvimento do político no esquema. Para isso, o órgão vai apurar se os pagamentos ocorreram de forma eventual ou regular.
Na prática, se os pagamentos ocorreram de forma regular, ficará provado que Carlos se beneficiou diretamente do desvio dos salários de seus servidores.
O chefe de gabinete trabalha desde 2001 com Carlos, mas assumiu o cargo no gabinete de Carlos em 2018. O caso pode configurar o crime de peculato contra o chefe de Gabinete.
O Laboratório de Lavagem investigou um total de 27 pessoas e cinco empresas ligadas a Carlos Bolsonaro e as investigações começaram em 2019.