BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou Alessandro Moretti do cargo de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A exoneração do número 2 da agência foi publicada na noite de ontem no Diário Oficial da União.
A demissão ocorre após a Polícia Federal (PF) deflagrar operação que investiga suposto esquema de produção de informações clandestinas dentro da Abin. O caso teria ocorrido na gestão do então diretor e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Um dos alvos da investigação é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ontem, Lula disse que não se sentia seguro com Alessandro na Abin.
Contudo, o presidente Lula disse que, comprovado o envolvimento de Moretti no monitoramento ilegal, não haveria condições de ele permanecer na instituição.
O delegado federal Alessandro Moretti estava na Abin desde março de 2023 e continuou no órgão por ter relação de confiança com o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Lula.
Leia mais: Lula ameaça demitir número 2 da Abin: ‘a gente nunca está seguro’
Com a saída de Moretti, o segundo maior posto do órgão fica com Marco Aurélio Chaves Cepik.
Antes da Abin, porém, Moretti ocupou direção de Inteligência Policial (2022 a 2023) e de Tecnologia da Informação e Inovação (2021 a 2022) da Polícia Federal. Ele também atuou como diretor de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Ele também foi secretário-executivo de Segurança Pública do Distrito Federal, entre 2018 e 2020.