BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou durante coletiva de imprensa na Organização das Nações Unidas (ONU) que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, “só falou o óbvio” nas Nações Unidas.
Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, Zelensky criticou o que Lula chamou de “tese” para resolução da guerra na Europa apoiada por Brasil e China.
“Que ele tem que defender a soberania, é obrigação dele. Que ele tem que ser contra a ocupação do território [ucraniano], é obrigação dele. O que ele não tá conseguindo fazer é a paz. E o que nós estamos propondo não é fazer a paz por eles, é chamar a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que a Ucrânia sobreviva enquanto pais soberano e a Rússia sobreviva”, destacou.
Em seguida, Lula afirmou que não há “proposta” de China e Brasil para resolução do conflito, mas uma “tese” de que é importante o diálogo.
“Ele [Zelensky]”, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não é militar. E isso depende de capacidade de sentar e conversar. Ouvir o contrário e tentar chegar num acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida”, comentou.
Crise no Oriente Médio
Em outro momento, o presidente também abordou a cise no Oriente Médio, criticando Benjamin Netanyahu. Ele voltou a dizer que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza.
“Acho que os países que dão sustentação aos discursos do primeiro-ministro Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para que esse genocídio pare”, afirmou.
Em seguida, o presidente brasileiro disse que condena de forma veemente o comportamento do governo de Israel e que tem “certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”.
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Ele ressaltou ainda que é necessário que o Hamas “contribua para que haja mais eloquência e exigência sobre o governo de Israel e liberar os reféns”.