O governo da Venezuela fechou a fronteira do país com o Brasil nesta sexta-feira (10). A passagem de veículos está bloqueada pelo lado venezuelano na divisa com a cidade de Pacaraima (RR) desde que Nicolás Maduro tomou posse, na manhã desta sexta-feira (10).
A informação foi confirmada à imprensa por autoridades do governo brasileiro. O Ministério das Relações Exteriores ainda deve se manifestar sobre o bloqueio.
A Polícia Militar de Roraima informou que, apesar do fechamento, a movimentação de pedestres segue dentro da normalidade.
Ressalta, no entanto, que houve uma “redução no fluxo migratório de entrada no Brasil, mas sem alterações significativas”.
Em nota, a PM de Roraima informou ainda que segue monitorando a região. E destacou que a Venezuela já impôs restrições semelhantes em outras situações.
Apesar de bloqueio, Exército vê “normalidade” em fronteira com Venezuela
Apesar do bloqueio da Venezuela na fronteira com o Brasil, integrantes do Exército brasileiro afirmam que a situação é de normalidade, sem elevação da tensão que justifique reforço na operação militar na região de Pacaraima (RR).
De acordo com fontes militares, os bloqueios são recorrentes pelo governo da Venezuela em dias de maior tensão e agitação política no país. A expectativa é de que a reabertura ocorra nos próximos dias.
Em períodos de fechamento, autoridades brasileiras apontam aumento da entrada ilegal de venezuelanos. Eles usam trilhas para acessar o Brasil sem passam pelos controles migratórios.
Quando o trecho reabre, há um fluxo maior da passagem de veículos que ficaram represados durante o bloqueio. Atualmente, por dia, de 300 a 500 pessoas entram no estado brasileiro pela Venezuela.
A fronteira com Pacaraima recebeu reforço de militares no fim de 2023 diante da tensão entre a Venezuela e a Guiana na disputa pelo território de Essequibo, região rica em reservas de petróleo e gás. O Exército aumentou o contingente e enviou blindados para Roraima.
O Exército também reforçou o efetivo na região de fronteira com o aumento de 10% das tropas no Comando Militar do Norte e no Comando Militar da Amazônia, passando de 27 mil para 30 mil militares.
Na ocasião, o Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima, em Roraima, passou de 70 homens para 130 homens. Além disso, a Força enviou 28 blindados e mais de cem viaturas para Roraima, além de equipamentos e armamentos.