Equador – Um dia depois do assassinato do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, o carro da candidata à Assembleia Nacional do país Estefany Puente foi alvo de tiros. O atentado aconteceu na 5ª feira (10), na cidade de Quevedo, localizada na província de Los Ríos.
Conforme noticiado pelo jornal equatoriano El Universo, Puente dirigia seu carro branco, onde também estavam seu pai e um funcionário, quando foi interceptada por 2 homens. Eles atiraram contra o para-brisa do veículo, do lado do motorista, e fugiram. Uma das balas atingiu de raspão o braço esquerdo da candidata.
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A polícia investiga o motivo do ataque e analise as câmeras de segurança da região. A identidade dos suspeitos não é conhecida.
Sobre o candidato do Equador morto Fernando Villavicencio
Fernando Villavicencio, 59 anos, foi morto a tiros na 4ª feira (9.ago), durante um ato político em Quito, capital do Equador. Ele foi baleado 3 vezes depois de sair de um comício e entrar em seu carro. Pelo menos outras 7 pessoas ficaram feridas.
Segundo a Procuradoria Geral do Equador, 6 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no assassinato. Outro suspeito morreu durante troca de tiros com seguranças. Na 5ª feira (10.ago), a facção criminosa Los Lobos, uma das maiores do país, reivindicou a autoria do atentado.
Em um vídeo divulgado no X, antigo Twitter, um grupo de homens encapuzados acusou Villavicencio de não cumprir suas promessas. Eles também ameaçaram matar Jan Topic, outro candidato à eleição.
“Queríamos deixar claro para toda a nação equatoriana que toda vez que os políticos corruptos não cumprirem a promessa que estabeleceram quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, eles serão dispensados”, disse um porta-voz do grupo.
“Isso se repetirá quando os corruptos não cumprirem a palavra. Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo”, completou.
A votação para a escolha de um novo governo do Equador está marcada para 20 de agosto. No pleito, serão escolhidos um novo presidente, vice-presidente e 137 parlamentares.
As eleições foram convocadas depois de o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, assinar um decreto (íntegra, 2,5 MB, em espanhol) em 17 de maio, determinando a dissolução da Assembleia Nacional do país.
A medida impediu que os deputados equatorianos prosseguissem com o processo de impeachment, iniciado em 9 de maio contra o líder equatoriano. Ele é acusado de cometer peculato na gestão da estatal Flopec (Frota Petroleira Equatoriana), em contratos firmados entre 2018 e 2020.
Mesmo depois da morte de Fernando Villavicencio, o governo do Equador anunciou que as eleições continuam. O governo também declarou estado de emergência por 60 dias.
Com informações do Poder 360
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