O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado em um hospital particular em Natal (RN) devido a um quadro de obstrução intestinal, mas não necessita de cirurgia no momento, conforme informou nesta sexta-feira (11) o diretor médico do Hospital Rio Grande, Luiz Roberto Fonseca.

Embora esteja estável clinicamente, Bolsonaro será submetido a exames de imagem para monitorar a evolução do quadro e descartar a necessidade de uma eventual intervenção cirúrgica.
“A condução do caso permanece clínica. Ou seja, não há, neste momento, evidência de necessidade de cirurgia”, afirmou o médico.
O ex-presidente foi hospitalizado após sentir fortes dores abdominais durante uma agenda política no interior do Rio Grande do Norte. Após um atendimento emergencial em Santa Cruz, ele foi transferido de helicóptero para Natal.
Essa viagem fazia parte do lançamento da “Rota 22”, um projeto do PL para fortalecer a presença do partido no Nordeste, com foco na articulação em defesa da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
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Segundo Fonseca, Bolsonaro apresenta distensão abdominal causada por uma obstrução parcial do intestino, possivelmente decorrente da facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018 e das múltiplas cirurgias realizadas desde então — ao menos cinco no total.
“Tudo o que ocorrer com o presidente em termos abdominais estará sempre relacionado a esse episódio e às suas consequências cirúrgicas”, explicou.
Ainda sem previsão de alta, o ex-presidente está impedido de se alimentar normalmente e recebe analgésicos para controle da dor, além de usar uma sonda nasogástrica. O andar onde ele está internado foi isolado por questões de segurança.
A equipe médica que tradicionalmente acompanha Bolsonaro em São Paulo, incluindo o cirurgião Antônio Luiz Macedo, monitora o caso à distância e avalia a possibilidade de transferência para a capital paulista, caso o quadro exija cuidados mais específicos.
“Clinicamente, ele tem condição de ser removido por UTI aérea, com acompanhamento médico e de enfermagem”, disse Fonseca.
O desfecho da situação dependerá da resposta do organismo ao tratamento clínico nas próximas horas e da decisão da família sobre uma eventual remoção para outro estado.