MANAUS – Confirmado como pré-candidato do PT nas eleições, o ex-deputado Marcelo Ramos comemora os números favoráveis das pesquisas eleitorais internas. Todas apontam que ele está crescendo como candidato apoiador por Lula.
Marcelo pacificador
Surgindo em quarto lugar, Ramos está ativo nas redes sociais e nas ruas, montando comitê de campanha em Manaus e pacificando o PT, o PC do B e o PV. Marcelo Ramos surge em média com 8,5% nas abordagens dos institutos.
“É com muita satisfação ver que, na média, já estou aparecendo em 4º lugar e colado no 3º com menos de um mês de pré-campanha. Tenho recebido muitas manifestações de carinhos até mesmo de eleitores que estavam pensando em escolher outros candidatos. O caminho é longo, mas mostra que as pessoas querem alguém com experiência e que saiba de fato analisar os problemas da cidade e ter planejamento para cuidar das pessoas”, analisa Marcelo Ramos.
Marcelo passou os últimos dias conversando com apoiadores, e negociando a paz com Zé Ricardo, Anne Moura e outras lideranças do PT, como Sassá e Sinésio Campos.
“O diálogo é fundamental. Precisamos estar fortes neste processo. Além de dialogar com os partidos, venho concedendo entrevistas para mostrar por qual motivo quero ser candidato e também estou usando minhas redes sociais para mostrar quais os problemas mais urgentes vemos em Manaus”, explica.
Pesquisas no Brasil inteiro
Desde o início do ano, foram registradas, na Justiça Eleitoral, 1.187 pesquisas sobre a intenção de voto das eleitoras e dos eleitores para o cargo de prefeito nas Eleições Municipais 2024. Dessas, 573 também incluem levantamentos para o cargo de vereador.
Conforme se aproxima o período eleitoral, o número de registros de pesquisas de opinião aumenta: em janeiro, foram 107 pesquisas registradas; em fevereiro, 188; em março, 422; e em abril, 433.
Os estados que mais registraram pesquisas de opinião são Goiás (162), Piauí (148) e São Paulo (115). Entre as regiões, a Nordeste lidera com 538 pesquisas, seguida pela Centro-Oeste, com 237, e pela Sudeste, com 226. A região Norte registrou 145, e a Sul, 41 pesquisas.
Registro obrigatório
O artigo 33 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) determina que as entidades ou empresas que realizarem pesquisas de opinião pública sobre intenção de voto devem registrá-las no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle) da Justiça Eleitoral.
O registro é obrigatório e deve ocorrer até cinco dias antes da divulgação dos resultados. A divulgação, no entanto, não é obrigatória.
Informações para o registro
O registro da pesquisa na Justiça Eleitoral deverá conter as seguintes informações:
- quem contratou a pesquisa e quem pagou, com os respectivos números no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
- valor e origem dos recursos;
- metodologia usada; e
- período de realização do levantamento.
Outros dados necessários são o plano amostral e a ponderação quanto a gênero, idade, grau de instrução e nível econômico do entrevistado, assim como o questionário completo aplicado (ou a ser aplicado), o nível de confiança, a margem de erro da pesquisa e o nome do estatístico responsável.
Consulta pública
Qualquer cidadã ou cidadão pode consultar as pesquisas registradas. Além de contribuir para tornar o processo eleitoral mais transparente, a medida torna-se especialmente útil para que as eleitoras e os eleitores não sejam vítimas de fake news, uma vez que poderão conferir a veracidade do que é divulgado, por exemplo, nas redes sociais.
Ao acessar o sistema, a pessoa interessada pode obter as seguintes informações:
- número de registro;
- período em que foi realizado o estudo;
- margem de erro;
- nível de confiança;
- quantidade de entrevistas;
- nome da instituição que fez o levantamento; e
- nome de quem contratou a pesquisa.
Fraude é crime
As regras estabelecidas para o registro e a divulgação de pesquisas eleitorais são fundamentais para evitar levantamentos fraudulentos.
A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, com pena de detenção de seis meses a um ano e multa no valor de 50 mil a 100 mil UFIRs (R$ 226.865,00 a R$ 453.730,00).
Além disso, a divulgação de pesquisas sem registro prévio das informações na Justiça Eleitoral também está sujeita à multa no mesmo valor.
Leia mais: CPI da Semcom pode ficar para depois da eleição na CMM