BRASÍLIA – A CPI que vai investigar as ações da Braskem em Maceió (AL) foi instalada nesta quarta-feira (13) e elegeu os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Jorge Kajuru (PSB-GO) presidente e vice, respectivamente. Os parlamentares devem analisar os efeitos causados pela abertura de uma cratera em uma das minas escavadas no bairro Mutange, na capital alagoana, em âmbitos jurídico e socioambiental.
Confirmando a relatoria de Calheiros, será a segunda CPI que o emedebista vai trabalhar com Omar Aziz. Ambos formaram a dobradinha que comandou a CPI da Pandemia, instalada no Senado em 2021. A vice-presidência do colegiado, já definida nesta quarta-feira, ficou com o senador Jorge Kajuru(PSB-GO).
Otto Alencar, líder do PSD e integrante mais velho do colegiado, defende que o relator não seja dos estados de Alagoas, afetado pelo desastre da Braskem, nem da Bahia, que conta com unidades do grupo no estado e é responsável por empregar 6,6 mil pessoas no território baiano.
A instação da CPI foi uma vitória de Renan Calheiros sobre Arthur Lira, e deve se debruçar, entre outros pontos, sobre o rompimento da mina 18 da Braskem, em Maceió. O rompimento se deu neste domingo (10). Segundo a Defesa Civil da capital alagoana, toda a área afetada estava desocupada e o rompimento não levou a tremores de terra ou ao comprometimento de minas próximas.
O desastre na capital alagoana foi causado pela exploração de sal-gema em jazidas no subsolo, ao longo de décadas, pela Braskem. O sal-gema é um tipo de sal usado na indústria química.