BRASÍLIA – A bancada dos Deputados federais de oposição querem apresentar um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após ele criticar Israel na guerra contra o Hamas.
O presidente Lula afirmou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio”, e fez referência ao que o nazista Adolf Hitler fez contra os judeus.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse ele, durante a entrevista coletiva que encerrou sua viagem à Etiópia.
Já são ao menos 40 deputados de oposição prontos para apoiar um pedido de impeachment contra Lula depois das declarações, informou a assessoria da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
“Lula perdeu completamente a noção e nos envergonha perante o mundo. Enquanto Israel se defende dos terroristas do Hamas e o mundo busca por soluções de paz, o descondenado incita o ódio e promove o antissemitismo”, disse à reportagem, por meio de sua assessoria.
Kim Kataguiri (União Brasil-SP) comentou disse que “a palavra genocídio foi criada para denominar o que o povo judeu sofreu nas mãos da Alemanha nazista, então é ainda mais cruel da parte de Lula falar que a defesa que Israel faz de sua soberania e território é igual ao que eles sofreram”.
“Já não é de hoje que as militâncias terroristas islâmicas querem o extermínio do povo israelense e, quando ameaçados, Israel tem todo o direito de se defender contra Hamas, Hezbollah ou qualquer que seja os terroristas que fizeram mal a sua existência.”
Israel
O governo de Israel declarou oficialmente nesta segunda-feira (19) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “persona non grata”. A decisão ocorre devido o presidente do Brasil comparar ações do país na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial
“Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ até que ele peça desculpas e se se retrate”, escreve o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.