O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) tem ignorado as ligações de senadores oposicionistas desde que foi mencionado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como possível alvo de sanções pelo governo Donald Trump nos Estados Unidos.
De acordo com relatos à imprensa, após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desta segunda-feira (4), senadores de oposição reforçaram as tentativas de abordar Alcolumbre. Nenhum deles teve sucesso.
Os oposicionistas pedem uma reação do Senado tanto às medidas cautelares sobre o senador Marcos Do Val (Podemos-ES), impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), quanto à prisão domiciliar de Bolsonaro. Eles pressionam pelo avanço dos pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes — relator de ambos os casos.
O presidente do Senado não dá nenhum sinal de que avançará com os pedidos e tem dito a aliados que se recusa a agir sob pressão.
Procurado pela imprensa, Alcolumbre ainda não respondeu.
Nesta segunda (4), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que Moraes “claramente” pratica abuso de autoridade e que o Brasil “está essa bagunça porque o Senado Federal não faz a sua parte”.
“Meu presidente Davi Alcolumbre, o que o senhor vai fazer em relação a isso?”, questionou.
Na mesma esteira, em nota conjunta, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL, e Zucco (PL-RS), líder da oposição, afirmaram que o Senado Federal tem a obrigação institucional e moral de agir.
“É urgente a abertura imediata de um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, antes que o Brasil mergulhe na maior crise política, econômica e social de sua história recente”, escreveram na nota.
Um levantamento da indica que o Senado Federal tem ao menos 29 pedidos de impeachment contra o ministro do STF. A tramitação, entretanto, depende de decisão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre.