O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ir a Manaus (AM) na próxima semana para inaugurar o CCPI (Centro de Cooperação Policial Internacional) da Amazônia. A agenda está prevista para a próxima terça-feira (9).
Além de Lula, a inauguração oficial também deve contar com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues.
O CCPI já iniciou as atividades de forma improvisada em junho. Dos seis andares do prédio, dois funcionam, mas apenas com investigadores brasileiros. Policiais de outros países começaram a chegar neste mês.
O centro funcionará como um ponto central de inteligência com os demais países da América Latina que compõem a Amazônia Legal.
O governo pretende usar a inauguração como um recado de combate ao crime organizado. Na semana passada, o governo federal, por meio de Lewandowski e Fernando Haddad (Fazenda), detalham a megaoperação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) e um esquema bilionário de lavagem de dinheiro envolvendo postos de combustíveis e fintechs. O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), Sidônio Palmeira, monitorou a coletiva.
Autoridades com conhecimento sobre o caso veem preocupação com o crime organizado cada vez mais presente na Amazônia e na fronteira do país.
O novo centro servirá como um espaço de articulação conjunta entre forças de segurança pública do Brasil e de países vizinhos.
No local também haverá desenvolvimento de ações integradas no combate a crimes ambientais, ou seja, planejamento de operações contra grilagem de terra, garimpo ilegais e investigações contra facções criminosas que tentam se instalar na região, além de tráfico de drogas e contrabando.
O CCPI também terá representantes dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A estrutura do centro inclui serviço de inteligência, divisões de operações e logística, sala de videomonitoramento, gabinete de crise e sala de imprensa.
O CCPI faz parte do “Plano Amas: Amazônia: Segurança e Soberania”, em parceria do MJ e do Ministério do Meio Ambiente com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).