SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sete ministros de seu governo participaram neste sábado (20) da do ato político da candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo, tendo a ex-prefeita e Marta Suplicy (PT) como vice. O ato promoveu uma fotografia simbólica da campanha e compartilhou reflexões sobre a importância da união e do compromisso coletivo para promover mudanças sociais e políticas. Também reuniu as duas federações – PT/PCdoB/Rede e Psol/PV, além do PDT, PMB e PCB, que apoiam a candidatura majoritária e suas respectivas chapas de vereadores.
Antes do ato, todos os partidos realizaram suas próprias convenções internas.
Estiveram presentes os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente) Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Marcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência). A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também figurou na convenção.
O discurso de Lula destacou os pontos principais que, segundo ele, são fundamentais para o sucesso de qualquer campanha eleitoral e para a construção de um futuro melhor para o país.
A importância da unidade partidária
Lula iniciou seu discurso agradecendo e destacando a importância da união entre diferentes partidos e figuras políticas. Ele convidou prefeitos do campo progressista de São Paulo, como Luiza Erundina, hoje deputada federal, Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, e Marta Suplicy para uma fotografia simbólica. Todos foram prefeitos de São Paulo, representando o campo progressista. A ideia é mostrar a formação de uma grande frente de esquerda na capital paulista, em que partidos como o PCdoB, o PDT, a Rede, o PV, o PCB e o PMB, comparecem como apoiadores.
Também chamou o coordenador da campanha Rui Falcão, ex-presidente do PT e atual deputado federal, para representar o apoio coletivo necessário para a campanha. Esta é a primeira vez que o PT não lança candidato na capital desde a redemocratização. “O Boulos não é um candidato apoiado apenas por um partido. Ele é um candidato apoiado por todos nós, por todos os partidos”, afirmou Lula, enfatizando que a força da campanha está na diversidade e na união dos diferentes grupos políticos.
Lula pediu ao público que prestasse atenção à comparação entre os diferentes momentos históricos da cidade de São Paulo e os governos que marcaram essas épocas. Ele destacou a gestão de figuras como Erundina, Marta e Haddad, e sugeriu que essa comparação seria um ponto crucial na campanha. “Essa fotografia vale mais do que um discurso. Ela representa quem está ao nosso lado e quem está do lado do adversário”, disse Lula, sugerindo que o eleitor deve avaliar a história e os resultados de cada gestão ao fazer sua escolha.
O presidente evitou mencionar nomes de adversário ao falar para Boulos, mas estava se referindo ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem o bolsonarismo no seu entorno de apoios, além do seu vice o coronel Mello Araújo (PL), envolvido em denúncias de assédio moral na Ceagesp. “Uma coisa eu estou certo: com a vitória do Boulos, a gente vai dizer que nunca mais a extrema direita, os fascistas, os nazistas, os negacionistas e os mentirosos vão voltar a governar este país”, afirmou o presidente.
Compromisso com a educação e inclusão social
Lula dedicou uma parte significativa de seu discurso para falar sobre educação e inclusão social, temas que sempre foram centrais em sua agenda política. Ele relembrou iniciativas importantes de seu governo, como a criação de universidades na Zona Leste de São Paulo e Institutos Federais em áreas periféricas como Jardim Ângela. “Nós provamos que é possível levar educação de qualidade para todos os cantos do país. É necessário dar ao povo o direito à educação, ao emprego, e à dignidade”, afirmou.
O presidente também mencionou programas futuros, como a criação de uma poupança para estudantes do ensino médio e a alfabetização de todos os brasileiros até o segundo ano de escolaridade. “Estamos comprometidos com a educação integral e com a criação de oportunidades para todos, especialmente para aqueles que mais precisam”, disse Lula.
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Encerrando seu discurso, Lula fez um apelo aos eleitores e militantes, incentivando-os a se envolverem ativamente na campanha e a acreditarem na possibilidade de mudança. “Eu acredito que é possível melhorar a vida do Brasil. Acreditem, assim como eu acreditei, que juntos podemos construir um país mais justo, mais inclusivo e mais próspero”, concluiu.