Com a renúncia de Carla Zambelli (PL) ao mandato de deputada federal, o suplente Adilson Barroso (PL-SP) assume sua vaga na Câmara dos Deputados a partir desta segunda-feira (15).
O perfil de Barroso no site da Casa Legislativa foi atualizado nesta manhã com a efetivação.
Empresário do ramo de isolamento térmico industrial, ele tem 61 anos e é natural de Minas Novas, em Minas Gerais.
Nas redes sociais, se apresenta como “bolsonarista de direita, conservador, patriota” e “amigo” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Iniciou sua trajetória política em 1988, quando foi eleito vereador no município de Barrinha (SP), cargo para o qual foi reeleito em 1992. Posteriormente, foi eleito vice-prefeito da cidade por dois mandatos consecutivos, em 1996 e 2000. Em 2002, conquistou uma vaga como deputado estadual. Após alguns anos, retornou à política municipal e, em 2016, foi novamente eleito vereador em Barrinha.
Foi fundador do antigo Partido Ecológico Nacional, que, em 2017, passou a se chamar Patriota. O Patriota, por sua vez, se fundiu com o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) em 2023, criando o PRD (Partido Renovação Democrática).
Em 2022, obteve a suplência como deputado federal pelo PL. Nessa legislatura, assumiu o mandato como suplente outras três vezes antes de ser efetivado titular.
Entenda a renúncia de Zambelli
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou no domingo (14) a renúncia de Carla Zambelli ao cargo. A decisão da parlamentar foi tomada após uma determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) para que o suplente assumisse o mandato em 48 horas.
Zambelli está presa desde julho na Itália, para onde fugiu após ser condenada pelo Supremo. A parlamentar se licenciou do cargo entre maio e outubro, mas desde então tem acumulado faltas. A Constituição prevê a perda de mandato de parlamentares caso se ausentem a um terço das sessões no ano.
A Primeira Turma do STF decidiu em junho pela perda de mandato da deputada e comunicou a Câmara. Na época, pressionado pela oposição, Hugo decidiu enviar o caso para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania).
Na semana passada, após meses de análise do caso, a CCJ deu aval à perda de mandato, mas isso não se confirmou no plenário. A votação não atingiu votos suficientes para a cassação.
Em reação, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, avaliou que o ato da Câmara era nulo e determinou a perda imediata, além de fixar o prazo de 48 horas para o suplente assumir. A decisão foi confirmada por unanimidade na Primeira Turma e a Câmara foi oficialmente comunicada na sexta-feira (12).

