MANAUS – O deputado estadual Sinésio Campos (PT) foi “enquadrado” pela colega Alessandra Campelo, dentro da Assembleia Legislativa do Amazonas, depois de afirmar que a licença-maternidade da deputada Joana Darc estava atrapalhando o andamento da Casa.
A cena gerou grande repercussão na cidade e críticas em cima do petista, que já se envolveu em confusão por seu comportamento dentro da Aleam com outra parlamentar.
O deputado quer apresentar projeto de lei que dê um jeito de impedir a falta descontinuidade de projetos das Comissões da Assembleia causadas, na opinião dele, por deputados ou servidores que pedem licença médica, maternidade ou outro tipo de afastamento.
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“Essa casa precisa se acostumar ao direito das mulheres”, disse Campelo, ao rebater a fala do deputado.
Sinésio puxou deputada
Ano passado, a deputada Mayara Pinheiro (Republicanos) foi puxada pelo braço pelo colega Sinésio Campos (PT) durante a foto oficial de posse dos 24 parlamentares eleitos no Amazonas.
A cena também foi criticada e acabou com um pedido de desculpas do deputado petista
Veja a fala de Sinésio sobre licença-maternidade
Licença-maternidade no Senado
O Senado analisa um projeto que aumenta o prazo da licença-maternidade de 120 para 180 dias e o compartilhamento para até 60 dias com cônjuge ou companheiro. De iniciativa do senador Carlos Viana (Podemos-MG), o PL 6.136/2023 ainda não foi encaminhado para as comissões.
Ao alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452, de 1943) a proposta estabelece o aumento do tempo de contato entre pais e filhos, permitindo que o pai também possa acompanhar o desenvolvimento do bebê durante o período neonatal. O projeto também prevê a ampliação da licença-maternidade para mãe de filho com deficiência ou com necessidade especial.
No sistema de compartilhamento com o cônjuge, a mãe tem um total de 180 dias, dos quais pode transferir até 60 dias para o pai. Esses dias não são tirados em conjunto, ou seja, cada um dos pais tem seu próprio período para cuidar da criança.
No caso de um filho com deficiência ou necessidade especial, a licença maternidade será em dobro. Nesse caso, a licença poderá ser compartilhada de forma alternada pela metade com o cônjuge ou companheiro.
O projeto também revoga o trecho da CLT que define a concessão de licença-maternidade em caso de adoção ou guarda judicial conjunta para apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. Com \a revogação, o dispositivo passa a valer com as mesmas regras que o projeto aplica para a licença maternidade.
No parecer, Viana ressalta a importância do aumento do tempo.
“Trata-se de medida que estimula a paternidade responsável, inserindo o genitor, desde os primeiros momentos, na rotina de cuidados com o seu filho. Como maneira de majorar o contato da mãe e do pai com a criança, garantindo que o menor tenha todos os cuidados recomendados ao seu saudável desenvolvimento nesses primeiros momentos de vida”, diz.
O parlamentar também destaca a necessidade da ampliação da licença e do compartilhamento para pais que tenham filhos com deficiência.
“Nos dias de hoje, criar e dar a assistência a um filho que esteja em condições normais de saúde já requer muito de seus pais. Em um lar com um filho especial a atenção tem que ser integral e requer cuidados extras em relação a uma criança, motivo esse que proponho a dilação do prazo da licença maternidade para esse caso específico.”
Fonte: Agência Senado