O Supremo Tribunal Federal (STF) tem cinco votos para ampliar o foro privilegiado em um inquérito que está sendo julgado em plenário virtual.
Foram favoráveis à matéria o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, além de Dias Toffoli, Flávio Dino e Cristiano Zanin.
Entretanto, o ministro Luís Roberto Barroso pediu vista — mais tempo para análise. Posteriormente, Moraes antecipou seu voto e acompanhou o relator.
Falta um voto para ter maioria. Entretanto, mesmo que todos votem, o processo só será encerrado quando Barroso fizer a devolução.
No entendimento dos magistrados que acompanharam o relator, o foro privilegiado deve ser mantido mesmo em julgamentos de casos após o fim de mandatos de políticos.
Habeas Corpus
Está sendo analisado outra matéria sobre o mesmo tema, um habeas corpus apresentaddo pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).
Nessa questão, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes foram favoráveis. Barroso também pediu vista.
Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes disse: “Estou convencido de que a competência dos Tribunais para julgamento de crimes funcionais prevalece mesmo após a cessação das funções públicas, por qualquer causa (renúncia, não reeleição, cassação etc.)”.
“Proponho que o Plenário revisite a matéria, a fim de definir que a saída do cargo somente afasta o foro privativo em casos de crimes praticados antes da investidura no cargo ou, ainda, dos que não possuam relação com o seu exercício; quanto aos crimes funcionais, a prerrogativa de foro deve subsistir mesmo após o encerramento das funções.”
Gilmar Mendes defendeu em seu voto a aplicação imediata da nova interpretação de aplicação de foro privilegiado aos processo em curso, “com a ressalva de todos os atos praticados pelo STF e pelos demais Juízos com base na jurisprudência anterior”.
A discussão envolve a possibilidade de ser fixada a competência do Supremo em situações de troca sucessiva de mandatos eletivos, mesmo que um dos cargos não tenha, especificamente, foro no STF.
Fonte: CNN.