O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), se uniram na pressão para que o contrato com a Enel tenha uma intervenção por parte do governo federal.
A ação dependeria necessariamente da avaliação feita pela Aneel, que só abriu um processo que pode levar a isso depois de seis meses de um ofício enviado por Silveira.
A intervenção, na prática, colocaria um novo dirigente na empresa, definido pelo governo federal.
O processo poderia levar à caducidade – ou rompimento – do contrato, depois do prazo da intervenção. Essa é a tese que Silveira tem sustentado a interlocutores que a Aneel aponte a necessidade da intervenção e isso possa levar ao fim do contrato.
Em reunião no Palácio dos Bandeirantes na quinta-feira (17) pela manhã, Tarcísio disse a representantes da Enel que eles “não sentiam a dor das pessoas” que estavam sem luz e que “não sossegaria” enquanto a empresa não fosse “tirada de São Paulo”.
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Disse ainda que a atitude da Enel frente aos apagões havia sido “irresponsável”.
As declarações foram confirmadas por pessoas presentes na reunião. A reunião teve também a presença de dirigentes da Aneel.
A crise de energia em São Paulo tem sido pauta de debate político entre dois grupos.
Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), veem necessidade de ação por parte do governo federal, que por sua vez aponta que a responsabilidade está nas mãos da Aneel, comandada por Sandoval de Araujo Feitosa Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Nunes e Tarcísio.
Em meio a isso, a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu uma ação para investigar eventual omissão da agência na fiscalização da atuação da empresa na região metropolitana de São Paulo.
Em meio a chuvas fracas neste sábado, mais de 111 mil imóveis da Grande São Paulo ficaram no escuro mais uma vez.