Manaus (AM)- O Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas gastaram, de forma irregular, recursos destinados ao enfrentamento da pandemia da covid-19. Entre os gastos, o órgão detectou a compra de salgados, tipo os servidos em coquetel, além da compra de cortes nobres de carne bovina, filé mignon e picanha. A informação consta em auditoria do tribunal votada na última quarta-feira (29).
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A conclusão do TCU, solicitada pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, faz uma análise de R$ 15,6 milhões gastos pelos militares em 2020 e 2021. Desse montante, R$ 8,9 milhões foram repassados pelo Ministério da Saúde e o restante era parte do Orçamento do Ministério da Defesa.
O documento aponta o gasto de R$ 256 mil de gastos do Exército com salgados típicos para serem servidos em coquetel, sorvetes e refrigerantes.
“Muito provavelmente não teriam sido utilizadas para o reforço alimentar da tropa empregada na Operação COVID-19”, diz parte do relatório.
Além disso, houve compra de 12 mil quilos de cortes filé mignon e picanha por R$ 447 mil, feitas por apenas duas organizações militares o que representa 21,7% do total utilizado por 45 unidades do Exército com carne bovina em geral, que foi de R$ 2.063.859,33.
Vale destacar que há uma normativa interna do Exército que autoriza a compra de cortes bovinos nobres, o tribunal afirma que a administração pública deve observar o princípio da legalidade e se atentar para os princípios da razoabilidade e do interesse público.