Na manhã desta sexta-feira (30), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deixá-lo sem condições de elegibilidade por oito anos. O voto decisivo, no placar de 4 a 1 pela condenação, foi da ministra Carmem Lúcia.
Com o entendimento, o ex-presidente ficará impedido de disputar as eleições até 2030. Apesar da maioria do TSE, o advogado de Bolsonaro, Tarcísio Vieira, afirmou que vai recorrer contra a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a CNN Brasil, mas a inelegibilidade é imediata.
O TSE julgou a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. Além disso, considerou abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para difundir informações falsas, com o objetivo de desacreditar o sistema de apuração das urnas eletrônicas.
Após quatro sessões, o julgamento segue para a leitura dos votos do ministro Nunes Marques e do presidente da casa, Alexandre de Moraes, últimos a definirem posicionamento. Como o plenário é composto por sete ministros, a maioria define a condenação de Bolsonaro.
A ação foi apresentada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). O TSE ainda formou maioria pela absolvição de Braga Netto, candidato à vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022. Todos os ministros que já se manifestaram, entenderam que ele não teve relação com a reunião e, portanto, permanece elegível nos próximos pleitos.