O União Brasil decidiu afastar, nesta quarta-feira (8) o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), do partido.
O ministro decidiu permanecer no governo federal mesmo depois da sigla pedir para que ele se retirasse do cargo.
Em setembro, o União Brasil deu 30 dias para que todos os filiados que ocupassem cargos no Executivo deixassem suas cadeiras.
Na época, Sabino chegou a anunciar que entregou uma carta de demissão ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, por sua vez, pediu que ele permanecesse por mais tempo na pasta.
Na manhã desta quarta, no entanto, Sabino voltou atrás da decisão e disse que permanecerá no cargo.
“Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todos país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30 eu vou permanecer no governo”, disse o ministro em conversa com jornalistas antes do início da reunião da Executiva do partido.
Pressão interna e ofensiva política
Na reunião desta quarta, integrantes da Executiva, incluindo o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, Ronaldo Caiado, defenderam medidas duras contra Sabino. Caiado afirmou que a conduta do ministro “é de quinta coluna, de tentar desmoralizar o partido” e adiantou que a reunião de amanhã deve indicar formalmente a expulsão, ainda que o processo precise cumprir etapas internas, incluindo um prazo para manifestação do próprio ministro.
Em resposta, Sabino demonstrou inconformidade com a decisão e prometeu lutar para se manter tanto no cargo quanto no partido.
“Sigo trabalhando, estamos a 30 dias do início da COP 30, no meu estado, cidade em que nasci, e tenho muita coisa a entregar”, disse, referindo-se à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada em Belém (PA).
O embate no União Brasil ocorre no mesmo dia em que o PP puniu o ministro do Esporte, André Fufuca. Ele perdeu o controle do diretório estadual do partido no Maranhão e foi destituído do cargo de vice-presidente nacional da legenda. Assim como Sabino, Fufuca também foi orientado a deixar o governo Lula, mas decidiu permanecer.