RIO DE JANEIRO – O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom contra Lula, e chamou o petista de “maior ladrão da história do Brasil”, diante das 40 mil pessoas que foram ao Rio de Janeiro ouvir o que ele tinha a dizer.
Milhares de apoiadores foram à Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (21/4), para participar de um ato de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente convocou a manifestação com o lema de defesa da democracia.
Leia mais: Em ato no Rio, Bolsonaro elogia Elon Musk e critica ministros de Lula
Os filhos de Bolsonaro Carlos e Flávio estavam no trio e, após a saída do presidente do PL, Bolsonaro entrou no carro de som. A esposa dele e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, ficou ao lado da vice-governadora do DF, Celina Leão e, em seguida, cantou o Hino Nacional com o marido.
Michelle foi a primeira a falar no trio: “Uma mulher sábia edifica sua casa. Mulheres sábias edificam a nação. Estamos aqui para fazer uma política feminina e não feminista”, disse. Em seguida, chamou oração do Pai Nosso.
“Quando eu estive com Elon Musk em 2022 começaram a me chamar de ‘mito’. Eu falei: ‘Não’ – aqui, em 2022 – ‘temos um mito da liberdade, Elon Musk'”, disse, antes de pedir palmas para o bilionário, que tem usado sua rede social, o X (antigo Twitter), para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por suspender da plataforma contas de apoiadores de Bolsonaro.
Multa
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a decisão individual do ministro Flávio Dino que negou recurso de Jair Bolsonaro para anular a decisão que condenou o ex-presidente ao pagamento de R$ 70 mil por impulsionamento ilegal durante a campanha eleitoral de 2022. O impulsionamento ilegal ocorre quando um candidato paga anúncios em sites para fazer propaganda negativa contra seu adversário.
Os advogados da campanha de Bolsonaro recorreram ao Supremo para tentar anular decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que reconheceu a ilegalidade cometida contra a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão foi tomada pelo colegiado durante sessão virtual finalizada na madrugada de sexta-feira (19).
Votaram pela manutenção da multa os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Cristiano Zanin não julgou o caso. Ele estava impedido por ter atuado como advogado da campanha de Lula nas eleições.
Em março deste ano, ao analisar o caso, Dino rejeitou o recurso por razões processuais. Para o ministro, a jurisprudência do Supremo impede a reavaliação das provas julgadas pelo TSE.
“Houve reconhecimento de que estes não só efetivaram o impulsionamento de conteúdo negativo na internet, como também não identificaram de forma inequívoca, clara e legível o número de inscrição no CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica] ou o número de inscrição no CPF [Cadastro Nacional de Pessoa Física] da pessoa responsável, além de que não colocaram a expressão “Propaganda Eleitoral”, desrespeitando as regras”, escreveu.