A estiagem é um período que traz grandes desafios com as queimadas e impactos nas áreas rurais e urbanas. Por isso, o Governo de Roraima, por meio da coordenação do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), antecipou as ações preventivas e desde novembro do ano passado está em vigor a Operação Verão Sem Fogo.
Esta é uma ação do Gabinete Integrado composto por diversas secretarias, órgãos e autarquias estaduais, criado para discutir e planejar ações para prevenir, combater e mitigar a estiagem.
Todo o trabalho prevê evitar um cenário semelhante ao verão de 2023 que perdurou até abril de 2024, quando o Estado enfrentou um dos piores períodos de estiagem registrados na história devido aos impactos do fenômeno El Niño, e 14 municípios decretaram situação de emergência em razão da seca e focos de incêndio.
Naquele período, foram cerca de 7.500 ações preventivas e 2 mil combates a incêndios.
Agora, de novembro de 2024 até 15 de janeiro de 2025, foram registradas 4.918 ações preventivas entre orientação e limpeza de pontes e apenas 281 combates a incêndios florestais.
“As equipes estão sempre trabalhando preventivamente, fazendo visitas e orientação aos produtores rurais, escolas e associações, aqueles que possam fazer uso do fogo de forma consciente e dentro da legalidade. É importante que a população roraimense esteja sensibilizada também nesse período de estiagem” explicou o subcomandante do CBMRR, coronel Gewrly Batista.
Cerca de 10 GCIFs (guarnições de combate a incêndio florestal) estão distribuídas nos municípios de Roraima, assim também como bases avançadas para oferecer apoio logístico e operacional.
Dessa forma os militares garantem a manutenção diária dos materiais e viaturas, além de atuarem com tempo resposta reduzindo, devido à proximidade com a população interiorana. Ao todo, neste momento há 20 viaturas atuando diretamente na operação.
Com o auxílio da tecnologia o monitoramento foi automatizado e conta com algumas ferramentas como o app IGNIS, que permite mapear, em tempo real, áreas suscetíveis a incêndios, auxiliando na resposta rápida e no planejamento estratégico da operação.
O efetivo também utiliza o Sistema Sentinela, integrado ao Painel do Fogo do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), que identifica focos de incêndio com precisão, analisando a área afetada e indicando a base operacional mais próxima para agilizar o atendimento. Além de emitir alertas via WhatsApp reduzindo o tempo de resposta.
“Orientamos que possam receber as equipes de combate a incêndio florestal e que estejam atentos à orientação que eles estão passando e somem conosco, para que possamos evitar que incêndios venham a acontecer e assim que toda a população de Roraima possa ficar bem” salientou o subcomandante do CBMRR.
FAÇA SUA PARTE!
● Evite jogar bitucas de cigarro no chão, principalmente na beira da estrada e em locais com vegetação;
● Não faça fogueiras próximo a vegetações;
● Evite queimar entulhos e lixos em terrenos baldios;
● Mantenha o entorno da casa livre de matos e vegetações não cultivadas;
Em caso de incêndios florestais a população deve entrar em contato com o Disque Queimadas (95) 98406-5439 (WhatsApp), Defesa Civil Estadual 199, CBRR 193 ou PMRR 190.
PENALIDADES
Desde 20 de setembro de 2024, conforme o Decreto nº 12.189/2024, publicado no Diário Oficial da União, as sanções para quem provocar incêndios ilegais em todo o País se tornaram mais rigorosas.
A norma institui novas multas por infrações envolvendo incêndios, sendo que o início de queimadas em florestas ou outras vegetações nativas terá penalidade de R$ 10 mil por hectare ou fração; já nas florestas cultivadas, de R$ 5 mil.
Órgãos como a Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) são responsáveis por ações de fiscalização e penalização, a depender da área afetada.