De acordo com a edição mais recente do Informe Epidemiológico de Arboviroses, divulgado nesta terça-feira (6), Manaus tem 820 casos de dengue, dois de zika e 672 de febre oropouche confirmados em 2024, até o último sábado (3). Não há registro de casos confirmados de chikungunya ou febre do mayaro no período.
O novo informe indica 11 casos de dengue, confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos. Há um óbito atribuído à doença, de uma criança de 2 anos de idade, no dia 25 de dezembro, confirmado na última semana. Três mortes estão ainda sendo investigadas e outros 393 casos suspeitos foram notificados, estando 2.012 em investigação atualmente.
Conforme a publicação, estão em investigação 12 casos suspeitos de zika, que não teve novos casos notificados ou confirmados no período de 28 de janeiro a 3 de fevereiro. De chikungunya, foram notificados sete casos e outros 30 estão em investigação. Não há novos casos confirmados da doença.
O semanário epidemiológico traz, ainda, 163 novos casos de oropouche, confirmados por critério laboratorial, mediante exame diferencial realizado em casos suspeitos de infecção por dengue. Foi confirmado ainda um óbito com coinfecção pela doença, de uma adolescente de 15 anos, no dia 26 de janeiro. Não há casos ou óbitos em investigação pela arbovirose.
Da febre mayaro, segundo a publicação, não há casos e nem óbitos notificados, confirmados ou em investigação. O informe não indica números de casos notificados dessa arbovirose ou da oropouche, em razão de não serem agravos de notificação obrigatória.
O Informe Epidemiológico de Arboviroses é elaborado pelas gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Os dados são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), via Sinan-Online e Sinan Net, e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), estando sujeitos a atualização.
A Semsa afirma que reforça as ações de vigilância, prevenção e controle das doenças e reitera o alerta à população para a importância das medidas preventivas e para atenção aos casos de dengue, zika, chikungunya, mayaro e oropouche suspeitos, após a confirmação de dois óbitos relacionados a infecções por arbovírus.
Coinfecção
A gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Viviana Almeida, aponta a ocorrência de casos graves por coinfecção de arboviroses e de outras doenças sazonais, como a Covid-19 e a malária. Foi o caso de um dos óbitos confirmados, ela assinala, que teve diagnóstico de oropouche e Covid-19.
“A coinfecção de arboviroses e outras doenças traz um risco maior de agravamento da saúde, em especial para populações como crianças, idosos, pessoas com comorbidades e gestantes”, relata a gerente.
Conforme Viviana, a Semsa está reforçando as ações de detecção e monitoramento, por meio de nota técnica orientando os profissionais da rede básica quanto à solicitação de exames em caos suspeitos, bem como a intensificar as orientações à população para as medidas de proteção individual e eliminação dos criadouros domésticos dos mosquitos transmissores.
Viviana alerta ainda para os cuidados de prevenção entre gestantes, em razão da circulação do zika vírus, que teve dois casos confirmados neste ano em mulheres grávidas. “Apesar de não ser um número elevado, requer atenção, pois a infecção por zika durante a gravidez pode resultar em sequelas no desenvolvimento neurológico do feto”, reforça.
Prevenção e controle
A Semsa prossegue com a intensificação das medidas de prevenção e controle das arboviroses, que são realizadas ao longo de todo o ano, de forma permanente, e reforçadas no período de chuvas na região, nos meses de novembro a abril.
“Com o calor e a água das chuvas, os mosquitos vetores de arbovírus proliferam com maior intensidade, e a replicação do vírus nos insetos ocorre de forma mais rápida. Por isso, a principal forma de prevenção é a eliminação dos focos de água parada, que servem de criadouros”, aponta Viviana Almeida.
A gerente de Vigilância Epidemiológica reafirma o papel essencial da população na identificação e na eliminação dos potenciais focos de proliferação nos quintais e no interior das residências. Alerta ainda para medidas auxiliares de prevenção, como utilizar repelentes, vestir roupas que reduzam a exposição da pele e evitar atividades ao ar livre em áreas de infestação por mosquitos.
*Com informações da assessoria