MANAUS – Empresária bem sucedida, eloquente, corajosa e uma mulher respeitada no mundo dos negócios, a pré-candidato Maria do Carmo Seffair é a grande novidade nesse período de pré-campanha que marca a corrida pela Prefeitura de Manaus. A representante do Partido Novo deu uma pausa da intensa agenda para falar com exclusividade ao Vanguarda do Norte sobre projetos, problemas, soluções e do que, na visão dela, Manaus precisa.
“A gente precisa avançar 40 anos em 4″, defende a pré-candidata de direita, que desafia os políticos de carreira e enxerga gestão pública sob os moldes da gestão privada. ” Manaus precisa de um gestor ou uma gestora de verdade, que trabalhe com metas, que respeite o dinheiro que vem dos bolsos da população”.
1 – Há alguns meses o nome da senhora não figurava entre os prefeituráveis, acredita que, a curto prazo, o primeiro desafio da sua pré-candidatura seja tornar-se conhecida em toda a cidade?
Maria do Carmo Seffair – Sim, e já estamos trabalhando para mudar isso. Como empresária segui o caminho em que você deixa seu trabalho ser maior, veja a Fametro, todos conhecem, inclusive fora do Amazonas. Tenho uma vida pautada no trabalho, na gestão e na educação. Agora me coloco à disposição de Manaus como pré-candidata e vou mostrar aos manauaras o que uma mulher pode fazer pela nossa cidade.
2 – O que leva uma educadora e empresária bem sucedida a colocar o nome na política, levando-se em consideração que políticos no Brasil, de uma forma geral, são vistos com desconfiança pela população?
MCS – Sua pergunta já responde um pouco. Os políticos que aí estão já não nos representam há tempos. Assim como grande parte da população de Manaus, o meu sentimento é de insatisfação e, no Novo, temos um lema: sair da indignação para a ação. Esse foi o sentimento que me fez lançar trajetória na política. Precisamos ocupar a política com pessoas boas e espero que possa inspirar outras pessoas, principalmente mulheres, a também fazer o mesmo.
3 – O que a senhora acredita que um cidadão ou cidadã que se disponha a comandar a Prefeitura de Manaus, a partir de 2025, precisa fazer de diferente? Sua chegada à política, vem acompanhada de novas ideias?
MCS – Tudo. Manaus precisa de um choque de gestão. Precisa de um gestor ou uma gestora de verdade, que trabalhe com metas, que respeite o dinheiro que vem dos bolsos da população. Uma pessoa que enxergue as reais necessidades das pessoas, sem maquiagem, sem demagogia. É hora de encarar os problemas de frente e resolver, falar menos e trabalhar mais.
Em duas décadas criei a maior instituição de ensino superior do Norte do país, isso me credencia a dizer que posso fazer muito por Manaus. Nossa gestão, se assim o eleitor decidir, será um divisor de águas na forma de administrar a Prefeitura.
4 – É justo e realizável colocar em uma única pessoa todas as esperanças de uma Manaus melhor? Até onde podemos dizer que um prefeito é capaz de resolver todos os problemas da cidade?
MCS – O prefeito não governa sozinho, ele é eleito para administrar, mas tem toda uma equipe de secretariado, subsecretários, diretores… para o auxiliar no planejamento e execução de projetos e ações que visem a melhor efetivação das políticas públicas. Se seu governo não vai bem, o que ele deve fazer? Trocar seu secretariado, cobrar resultados, cabe a ele gerir, se não sabe, então, certamente não terá o controle sobre o trabalho que está sendo realizado, ou não está sendo realizado.
5 – Neste momento, ainda na pré-campanha, temos visto adversários trocando acusações e culpando uns aos outros pelas mazelas sociais de Manaus. Não está faltando proposta na fala dos candidatos?
MCS – Para falar de soluções é preciso falar dos problemas, isso é fato, mas o que temos visto é uma política de ‘lacração’, de ataques pessoas, briga de ego, o que menos temos visto é falar de soluções. É nisso que vamos trabalhar, estamos construindo um plano de governo muito arrojado para mostrar propostas inovadoras para a administração pública do município.
6 – E falando em propostas, quais são as prioridades do seu plano de governo? Manaus padece com buracos, falta de transporte, deficiência na saúde básica…a lista é enorme. Como organizar tantas demandas?
MCS – Olha, eu acho que quase tudo é prioridade, por isso tenho dito que Manaus precisa de um choque de gestão. Não tem como resolver um problema e depois o outro, é preciso uma frente ampla e integrada que cuide de tudo ao mesmo tempo. São pelo menos 20 décadas que Manaus decai em quase todos os índices, a gente precisa avançar 40 anos em 4. Mas, certamente saúde, transporte e educação estão no nosso radar emergencial, mas pretendemos fazer um programa amplo que abrace todas as áreas.
7 – Pincelando a questão ideológica, que também se faz presente na pré-campanha. a senhora se coloca como uma cidadã de direita ou de esquerda? Acha que a polarização Lula x Bolsonaro tem feito bem ao Brasil?
MCS – Sou do partido Novo, que é um partido de direita, que defende que todos devem ser iguais perante a lei, que os cidadãos são agentes participativos das mudanças que o país precisa e merece, defende as liberdades, um Estado menor e mais enxuto, a educação como ferramenta de transformação, dentre outras ideologias que também compactuo. Assim como também me considero uma pessoa que preza pelos valores cristãos e da família.
8 – Se a senhora for eleita o que muda na gestão da Prefeitura de Manaus a partir de 2025? Pretende extinguir secretarias e há algum setor não contemplado que merece uma pasta exclusiva?
MCS – Há uma equipe de especialistas, de diversas áreas, trabalhando no nosso plano de governo e ainda é cedo para discutirmos qual será a estrutura, mas algumas coisas serão certas: a eficiência, a transparência, o controle de gastos e o combate à corrupção.
9 – Para finalizarmos, se pudesse dar um conselho ao eleitor na hora do voto, o que diria a ele quando for considerar a escolha do seu candidato a próximo prefeito de Manaus?
MCS – Que avalie quem já teve a chance de fazer e não fez. Vai fazer agora ou que apenas se perpetuar no poder? O eleitor precisa ter o olhar crítico sobre a política, porque é ela que muda as nossas vidas. Eu sempre digo que precisamos estimular o senso crítica, a educação política, para que o cidadão, o eleitor, possa se empoderar das decisões que impactam diretamente a sua vida.
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