Manaus – A vereadora do Psol do Rio de Janeiro, Monica Benicio, viúva da ex-vereadora Marielle Franco divulgou ter sido alvo de uma ameaça virtual de natureza sexual conhecida como “estupro corretivo”. Benicio divulgou que recebeu um e-mail contendo mensagens de ódio direcionadas a lésbicas. Astolfo Bozzônio Rodrigues se atribuiu como autor das mensagens. Em resposta a vereadora formalizou uma denúncia criminal na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) durante a tarde de terça-feira (22).
O e-mail com as ameaças descrevia, inclusive, como seria o crime. “Algo muito violento não só para uma mulher lésbica, mas para as mulheres como um todo”, completou a viúva de Marielle Franco.
Monica ainda não sabe se Astolfo Bozzônio Rodrigues é a identidade real da pessoa que fez as ameadas, mas descobriu uma conta vinculada a esse nome na rede social X (antigo Twitter) com publicações homofóbicas. “Ele diz que ser uma mulher lésbica é uma aberração”, relatou a vereadora, na queixa-crime.
Em suas redes sociais, a vereadora também comentou sobre o caso. Veja a publicação:
Caso Marielle Franco
O assassinato de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi um crime executado no dia 14 de março de 2018, no Estácio, região central da cidade. Os criminosos estavam em um carro, que emparelhou com o da vereadora, e efetuaram vários disparos, que também mataram o motorista. Embora em fase inicial, a investigação conduzida pelas autoridades aponta para motivações políticas.[1]
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ambos ex-policiais militares, foram acusados de serem os executores dos assassinatos de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, que estava no carro com Marielle e foi morto. Eles continuam presos aguardando julgamento pelo crime, enquanto as investigações continuam.
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