O mundo contemporâneo com suas rápidas mudanças estruturais,
tecnologia, afastamento afetivo, egocentrismo, competitividade e elevado
consumismo tem apresentado elevadíssimos índices de quadros depressivos
em toda população mundial.
Diante de tal realidade gravíssima de saúde pública, estudos para uma
medicina preventiva bem como terapêutica tem sido promovido por entidades
científicas e governamentais em todo o mundo, trazendo, como consequência,
políticas de saúde voltadas para a realidade fática do problema,
conscientização da população sobre a patologia, principalmente em relação a
prevenção, ao correto diagnóstico e tratamento em concomitância a uma
revolução tecnológica no campo das farmacologia, além de modernos e
eficazes modelos terapêuticos psicológicos disponíveis.
A depressão ocorre quando há um desequilíbrio funcional nos
denominados Neurotransmissores (realizam conexões entre dois ou mais
neurônios) cuja função está intrinsecamente ligada às sensações de bem estar
e prazer, sendo eles a serotonina, dopamina, noradrenalina, entre outros,
afetando de forma sistêmica, tanto a saúde física quanto a saúde mental.
A ocorrência de tristeza excessiva e a perda de prazer por atividades que
antes eram prazerosas podem ser indícios de depressão se associados a
pensamentos negativos, pessimismo, baixa autoestima, cansaço e sono
excessivos entre outros elementos norteadores da doença, ressaltando,
todavia, que diante da presença do conjunto sintomatológico urge a
necessidade do olhar profissional especializado da saúde mental para o
assertivo diagnóstico e sequencial tratamento.
A população em geral está dentro do contexto histórico-cultural e seu
preconceito em relação à saúde mental se apresenta absolutamente
contraditório, haja visto que, mais do nunca, a necessidade e busca de conforto
psíquico se faz presente em um mundo de tantas adversidades e forte
predominância de distúrbios mentais, entre eles, a ansiedade e depressão.
Ao ser diagnosticado com depressão, um arsenal farmacológico à disposição
da psiquiatria se faz presente com excelentes resultados terapêuticos,
associado a terapia psicológica e mudanças comportamentais, tornando
possível um estado de equilíbrio emocional acenando para novas perspectivas
e alegria de viver, reiterando aqui, que a maior dificuldade para o tratamento do
distúrbio vem a ser o preconceito, negação, medo e a consequente resistência
em buscar ajuda para sair da situação apresentada.
Cabe ressaltar ainda, que a adoção de medidas complementares ao
tratamento da depressão, como exercitar a gratidão, o perdão, o hábito dos
encontros familiares e entre amigos, a prática meditativa, os exercícios físicos e
não menos importante, a valorização da espiritualidade, promovem o equilíbrio
mental necessário para uma vida plena e feliz fortificando as virtudes
necessárias para o enfrentamento das vicissitudes da vida.