Vivemos em mundo acelerado e competitivo com inúmeros fatores que concorrem para uma vida onde prevalecem altos níveis de estresse na sociedade em geral. Transtornos como ansiedade e depressão disparam entre as maiores causas de afastamento do trabalho, crises conjugais, problemas existenciais e não menos incidentes, as desordens emocionais em crianças na fase escolar.
Entre tantos transtornos e enfrentamentos emocionais do cotidiano citamos aqui a Síndrome de Burnout que vem a ser um distúrbio psíquico com evidenciadas causas estressantes promovidas dentro de um ambiente de trabalho desfavorável criando, portanto, um grande estado de tensão emocional associado a um estresse crônico.
A palavra Burnout etimologicamente se refere a algo que deixou de funcionar por exaustão e é também conhecida como a síndrome do Esgotamento Profissional mantendo estreita correlação com as responsabilidades assumidas pela função no trabalho, com o excesso de pressão, seja por produtividade ou performance ou mesmo pelo excessivo número de horas de trabalho, caracterizando, evidentemente, disfuncionalidade emocional laborativa.
Tal distúrbio psíquico caracterizado por sintomas depressivos, ansiosos, vazio interior, nervosismo, agressividade, cansaço físico e mental excessivo, dificuldade de concentração entre outros é muito comum nas pessoas ditas “workaholics” (viciados em trabalho) e também tem sido muito evidenciado em profissionais como médicos e enfermeiros, jornalistas, advogados, executivos de vendas e, ainda bombeiros.
A cobrança excessiva de si mesmo, o acúmulo desenfreado de tensão e preocupação contribuem significativamente com o aparecimento deste transtorno, e, associado ao excesso de esforço físico e mental com pouquíssimos momentos de descanso e descontração acaba levando a pessoa ao seu limite, a um estado de esgotamento, cansaço e desmotivação pela vida de uma forma patológica trazendo na evolução do distúrbio os evidentes prejuízos extensivos à vida profissional, familiar, conjugal, relacional etc.
Cabe observar concorrentemente que tal distúrbio pode ocorrer também fora da esfera do trabalho observando-se aqui a situação dos que se preparam para os concursos públicos e vestibulares em geral com infindáveis e cansativas horas de estudo e outras modalidades de ampla concorrência.
A síndrome de burnout pode e deve ser tratada de forma multidisciplinar e entre as formas de tratamento incluem-se um tratamento médico medicamentoso adequado associado a uma psicoterapia eficaz os quais permitem a possibilidade de mudanças comportamentais, de melhoria do quadro sintomatológico e uma adequação para o surgimento de um novo olhar, um novo pensamento, permitindo a existência de uma vida funcional com evidenciada saúde física e mental e, consequentemente, um retorno ao estado anterior de equilíbrio e Bem Estar.