A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,15 bilhões em abril de 2025, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgados nesta quarta-feira (7).
O número representa um recuo de 3,3% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo da balança comercial atingiu US$ 8,4 bilhões.
Segundo os dados, no mês, as exportações somaram US$ 30,4 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 22,3 bilhões. Houve aumento de 0,3% nas exportações e de 1,6% nas importações em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado de janeiro a abril de 2025, as exportações totalizaram US$ 107,3 bilhões, uma leve queda de 0,7% em comparação com o mesmo período de 2024.
Já as importações aumentaram 10,4%, alcançando US$ 89,6 bilhões. Com isso, o superávit comercial no ano atingiu US$ 17,7 bilhões e a corrente de comércio acumulada chegou a US$ 196,9 bilhões, com crescimento de 4,1%.Play Video
Comércio de produtos
Em abril de 2025, os principais produtos exportados pelo Brasil foram soja em grãos (US$ 6,29 bilhões), minério de ferro (US$ 2,46 bilhões), petróleo bruto (US$ 2,14 bilhões) e celulose (US$ 1,06 bilhão). Também se destacaram açúcares e melaços (US$ 861 milhões), carne bovina (US$ 815 milhões) e farelo de soja (US$ 786 milhões).
Já com relação ao acumulado de janeiro a abril de 2025, os produtos mais exportados continuaram sendo soja em grãos (US$ 13,5 bilhões), minério de ferro (US$ 8,3 bilhões) e petróleo bruto (US$ 7,7 bilhões).
Em seguida vieram celulose (US$ 3,8 bilhões), açúcares e melaços (US$ 3,2 bilhões), carne bovina (US$ 3,1 bilhões) e carne de frango (US$ 2,9 bilhões), reforçando o protagonismo do agronegócio e da mineração nas vendas externas.
Nas importações, os principais produtos comprados em abril foram adubos e fertilizantes (US$ 1,67 bilhão), produtos farmacêuticos (US$ 1,4 bilhão), combustíveis e lubrificantes (US$ 1,2 bilhão) e peças e acessórios para bens de capital (US$ 945 milhões).
No acumulado do ano, adubos e fertilizantes lideraram com US$ 6,5 bilhões, seguidos por produtos farmacêuticos (US$ 5,2 bilhões), combustíveis e lubrificantes (US$ 4,9 bilhões) e produtos químicos orgânicos e inorgânicos (US$ 4,4 bilhões), indicando forte demanda por insumos industriais e bens intermediários.
China segue na liderança
A China manteve a liderança como principal destino das exportações brasileiras, com US$ 9 bilhões em compras, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 2,5 bilhões, e pelos Países Baixos (Holanda), com US$ 1,2 bilhão.
No acumulado de janeiro a abril, a China comprou US$ 31,2 bilhões do Brasil, consolidando-se como o maior parceiro comercial, especialmente na aquisição de soja, minério de ferro e petróleo.
Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com US$ 9,2 bilhões no acumulado, impulsionados por compras de celulose, alimentos processados e produtos manufaturados. Em terceiro, os Países Baixos somaram US$ 4,1 bilhões, com destaque para petróleo e produtos agropecuários.
No sentido inverso, a China também liderou entre os principais países de origem das importações brasileiras. Em abril, o Brasil importou US$ 4,4 bilhões em produtos chineses, enquanto no acumulado do ano o total chegou a US$ 17,0 bilhões, puxado por eletrônicos, máquinas e insumos industriais.
Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com US$ 3,1 bilhões em abril e US$ 11,5 bilhões entre janeiro e abril, sendo os combustíveis, medicamentos e peças industriais os principais itens adquiridos. A Alemanha ocupou a terceira posição, com US$ 1,2 bilhão em abril e US$ 4,5 bilhões no acumulado, principalmente em máquinas, equipamentos e produtos químicos.