Manaus (AM) – Os professores da rede estadual de ensino se reuniram novamente, na manhã desta quarta-feira (24), em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), para reivindicar o aumento de 25% de reajuste salarial, além de outros benefícios.
Leia também: Professores do AM mantêm greve após Wilson Lima oferecer acordo abaixo do esperado
Na tarde de terça-feira (23), por meio de nota, o Governo do Amazonas informou que só irá negociar com a categoria se os docentes voltarem às salas de aula.
Ainda conforme a nota do governo, enquanto a paralisação ilegal continuar, os profissionais envolvidos no movimento terão os dias não trabalhados descontados, conforme assegura a legislação trabalhista e a Justiça amazonense.
Em entrevista ao Portal Vanguarda do Norte, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (SINTEAM), Ana Cristina, informou que o movimento grevista continua.
Não vamos descansar. Nós passamos dois anos tentando negociar com o Governo do Estado, e nunca houve resposta por parte dele. Entramos em greve no mês de maio após muitas tentativas. Agora é a vez do governador vir falar com a gente. O Estado tem sim como pagar a educação, porque nós temos um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, que não deixa de cair todo mês nas contas do Estado.
disse Ana Cristina
Durante o movimento nesta manhã, uma lista de frequência estava sendo distribuída pelo Sindicato dos Educadores. A diretora do Sinteam, Vanessa Antunes, explicou a importância dessa organização.
Essa frequência é um movimento natural de greve, onde nós provamos que os trabalhadores estão nas ruas fazendo a luta junto a categoria, estamos fazendo isso desde o início da greve em todos os municípios.
explicou Antunes
No último dia 18, em reunião com o Sindicato, o Governo do Estado pontuou que sinalizou o reajuste imediato de 8% da data base. Sobre esta situação, Vanessa reiterou que não foi uma contraproposta em relação às solicitações dos educadores.
Os 8% foi com muita discussão, com uma probabilidade de início de negociação, não foi proposta feita pela mesa. Os 8% não foi uma contraproposta, foi uma tentativa de ter alguma coisa que seria levada à categoria para acabar com a greve.
finalizou a diretora
A greve dos trabalhadores da educação segue por tempo indeterminado e escolas estaduais seguem sem aulas em todos os municípios.