Manaus (AM) – Professores da rede estadual do Amazonas decidiram manter a greve, após rejeitarem a proposta feita pelo governador Wilson Lima. Nesta segunda-feira (22), eles se reuniram no Clube Municipal, situado na avenida Torquato Tapajós, bairro Flores, com intuito de discutir a contraproposta enviada pelo Governo do Estado, na última quinta-feira (18), quando a categoria solicitou o reajuste salarial de 25% e o Executivo Estadual ofereceu apenas 8%.
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Os trabalhadores da educação decidiram rejeitar a contraproposta do governo, que solicitou a suspensão da greve. No entanto, a decisão aconteceu, nesta segunda (22), em reunião realizada por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), que reuniu cerca de 5 mil pessoas no Clube Municipal.
Após a reunião e as reivindicações prosseguirem, o Sinteam vai formalizar a decisão da reunião e encaminhar ao Governo do Estado para que uma nova rodada de negociações seja marcada.
Os trabalhadores reivindicam 25% de reajuste salarial, cumprimento das progressões horizontais e verticais, reajuste do vale-alimentação e auxílio-localidade. A greve, iniciada no dia 17 de maio, já estende por cinco dias após inúmeras tentativas de acordo com o Governo do Estado.

O professor de educação física, Handerson Nascimento, da Escola Estadual Dr. Milton José Bandeira, disse que a classe se sente desvalorizada perante ao Governador que oferece um reajuste abaixo do que eles merecem.
“Na primeira manifestação o governador não se posicionou, já com a força do segundo protesto, ele se pronunciou dizendo que iria conversar com a classe. No entanto, em reunião, ele ofereceu somente os 8% de reajuste. Essa proposta enviada por ele está muito abaixo do que queremos, pois temos perdido muito para a inflação. Estamos há anos sem reajuste e reivindicamos melhorias e mais atenção para nossa classe, que é a mais desvalorizada e deveria ser a mais valorizada pois se trata da educação”, declarou Handerson.
Segundo informações, cerca de 51 municípios do Amazonas já aderiram ao movimento grevista. Na cidade de Manaus, pelo menos 70% das escolas estaduais estão sem aulas. A Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc-AM) e o Governo do Estado ainda não se manifestaram.