O tenente-coronel Mauro Cid disse, em acareação nesta terça-feira (24), que mudou sua versão sobre uma reunião com o general Walter Braga Netto depois de saber da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) que descobriu o plano “Punhal Verde e Amarelo” que visava uma tentativa de golpe de Estado.
A declaração aconteceu durante audiência de conciliação no STF (Supremo Tribunal Federal) entre os dois.
“Pelo Exmo. Senhor Ministro relator foi dito: que indagado pelo advogado do réu Braga Netto sobre o motivo de ter alterado sua primeira versão sobre a reunião ocorrida em 12/11, o réu Colaborador explicou que em um primeiro momento lhe pareceu que a reunião era mais uma no sentido de mostrar a insatisfação contra o resultado das eleições, porém que não passaria de mais uma bravata”, consta no documento do STF disponibilizado durante a tarde desta terça.
“Posteriormente, quando tomou conhecimento da operação ‘Punhal Verde e Amarelo’ percebeu que poderia ter sido algo mais sério e chamado a depor novamente, retificou seu depoimento anterior”, prossegue.
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Ao ser indagado pelo ministro Luiz Fux, Cid explicou que o estado de “choque” mencionado em seu depoimento do dia 19 de novembro à Polícia Federal decorreu da prisão de seus colegas.
Durante esclarecimento, ele afirmou que, nos depoimentos subsequentes prestados à PF, já não se encontrava nesse estado, pois as oitivas passaram a fazer parte da rotina da colaboração premiada.
“Pelo Exmo. Senhor Ministro relator foi dito: que indagado pelo advogado do réu Braga Netto sobre o motivo de ter alterado sua primeira versão sobre a reunião ocorrida em 12/11, o réu Colaborador explicou que em um primeiro momento lhe pareceu que a reunião era mais uma no sentido de mostrar a insatisfação contra o resultado das eleições, porém que não passaria de mais uma bravata”, diz o trecho.
“Posteriormente, quando tomou conhecimento da operação ‘Punhal Verde e Amarelo’ percebeu que poderia ter sido algo mais sério e chamado a depor novamente, retificou seu depoimento anterior”, finaliza.