Internacional – O dólar opera em baixa nesta segunda-feira (22), com os investidores ainda em compasso de espera por um acordo no que diz respeito às negociações sobre o aumento do teto da dívida pública dos Estados Unidos. O mercado tem receio de que o país dê um calote, caso os líderes não cheguem a um acordo.
No Brasil, a espera é pela votação do texto do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. Destaque também para a divulgação da última edição do Boletim Focus, do Banco Central do Brasil (BC), que mostra uma queda nas projeções para a inflação em 2023.
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Às 09h33, a moeda norte-americana caía 0,34%, cotada a R$ 4,9783.
Na última sexta-feira (19), o dólar teve alta de 0,56%, aos R$ 4,9952. Com o resultado, a moeda encerrou a semana com alta de 1,46%, além de acumular:
- Alta de 0,16% no mês;
- Queda de 5,36% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Embora a agenda econômica desta semana conte com algumas divulgações importantes, como o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) no Brasil, ambos na quinta-feira (25), Vitor Miziara, sócio da Perfoma Investimentos, destaca que o que deve movimentar os mercados, em nível global, é a agenda política.
O grande destaque é o mesmo das últimas semanas: a renegociação do teto da dívida norte-americana.
Neste fim de semana, o presidente da Câmara dos Estados Unidos. Kevin McCarthy (republicano) disse que deve se reunir com o presidente Joe Biden (democrata) nesta segunda para tentar chegar a um acordo. A informação foi confirmada pela Casa Branca.
Miziara pontua que os líderes e os dois partidos precisam chegar a um acordo ainda nesta semana, já que logo no começo do próximo mês algumas das dívidas americanas começam a vencer, o que levaria o país a dar um calote.
Em entrevista concedida à emissora NBC neste domingo, Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, disse que, em sua avaliação, “a possibilidade de chegar a 15 de junho, sendo capazes de pagar todas as nossas contas, é muito baixa”, caso a renegociação não seja fechada até 1° de junho.
No Brasil, a agenda política também é destaque, mas com as expectativas de que o texto do novo arcabouço fiscal seja votado nos próximos dias pela Câmara dos Deputados.
Especialistas consideram que a proposta deve ser aprovada, mas ressaltam que o mercado estará atento às mudanças que podem ocorrer no texto e que possam impactar, principalmente, a inflação.
Também no cenário doméstico, o Boletim Focus divulgado nesta segunda mostra que os economistas do mercado financeiro reduziram suas projeções para a inflação de 2023, de 6,03% para 5,80%.
O relatório do BC ainda revela que as expectativas para o PIB brasileiro neste ano cresceram de 1,02% para 1,20%.
*Com informações do G1