BRASIL – A atividade do setor de serviços no Brasil apresentou recuo 0,9% na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com Luiz Almeida, analista da pesquisa, o resultado é fruto de um movimento de compensação após meses de alta.
“É uma descontinuação dos ganhos anteriores. Como observamos, por exemplo, na atividade de profissionais, administrativos e complementares”, afirma o técnico do IBGE.
Além desse grupo, a queda se deu no setor de informação e comunicação (-1,5%) transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%). Apenas as atividades de serviços prestados às famílias registraram variação positiva, de 0,4%.
Alta em 12 meses no setor de serviços
A queda de fevereiro se dá após três meses de alta, e o volume de serviços se manteve 11,6% acima do nível pré-pandemia. No acumulado do primeiro bimestre de 2024, o volume de serviços cresceu 3,3% frente ao mesmo período do ano passado, e fevereiro de 2024 ficou 2,5% acima de fevereiro de 2023. No acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,2%.
Turismo
Outro ponto informado pelo IBGE foi a queda do índice de atividades turísticas, que recuou 0,8% em fevereiro, na comparação com janeiro. Foi o segundo desempenho negativo seguido, com perda acumulada de 1,8%.
Mercado de capitais
O mercado de capitais brasileiro registrou recorde de captação no primeiro trimestre de 2024: R$ 130,9 bilhões, crescimento de 90,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi puxado pela renda fixa, que captou R$ 114,1 bilhões e chegou ao maior patamar para o período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
As debêntures seguem como o principal instrumento de captação das empresas, com volume de R$ 71,9 bilhões no primeiro trimestre, quase o dobro do volume registrado no 1T23 (R$ 37 bilhões).
Houve 22 emissões de pelo menos R$ 1 bilhão e setores ligados à infraestrutura foram responsáveis por 43,3% do volume captado. O prazo médio de vencimento das debêntures emitidas no período foi de sete anos. “Após um janeiro fraco, o mercado se recuperou, e muito bem, como nós previmos”, diz Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
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O volume de negociações de debêntures no mercado secundário cresceu 74,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado e atingiu R$ 146,5 bilhões.
As debêntures incentivadas, isentas de Imposto de Renda para o investidor pessoa física, registraram recorde de captação no primeiro trimestre, com volume de R$ 19,9 bilhões. O setor de energia elétrica foi responsável por 32,5% do volume emitido, seguido por transporte e logística (22%), TI e telecomunicações (13,7%) e saneamento (10,1%).
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